‧₊˚ ੈ ♯𝗮𝘀𝗵𝗮𝗺𝗲𝗱.
➫ Naomi Bates Windsor sempre viveu com privilégios. No seu aniversário, sua mãe descobre a traição de seu pai. Esse foi o começo do desastre para Naomi. O processo do divórcio fora terrível, os seus pais entraram em vícios e b...
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SABER QUE SUA vida pode mudar tão repentinamente me assusta. Isso aconteceu comigo. Eu não gosto de falar sobre isso e nem do que aconteceu durante os piores dois anos da minha vida. Meu pai traía minha mãe e ela descobriu isso no meu aniversário de 12 anos, no meio da nossa viagem à Grécia.
Minha mãe ficou devastada, parece que algo ativou nela. Ela sumiu pela noite e na manhã seguinte já estávamos indo para casa. A viagem iria durar mais tempo. Durante o caminho para casa os dois brigaram diversas vezes.
As brigas continuaram. Minha mãe virou uma viciada em álcool que fodia todo o seu dinheiro em bares e chegava em casa com um homem diferente todos os dias. No começo tinha alguns que tentavam me comer com os olhos pela manhã, com o tempo eu aprendi a fechar a porta do meu quarto à noite. Meu pai sumia por dias e voltava completamente drogado. Meu pai se despediu do emprego pois o impedia de fazer o que seja que ele andava fazendo pelas ruas. Nenhum deles nunca mais me deu um "bom dia" ou um "boa noite."
Não demorou muito para eu começar a mudar também. Me fechei completamente, e meus amigos não gostaram disso. Não se incomodaram o suficiente para se quer me questionar o que estava acontecendo, apenas Emma e Leah ficaram. Elas ainda eram amigas do resto do grupo, mas pelo menos manteram a nossa amizade.
O meu antigo grupinho começou a me zoar. Eu não podia dar um passo na escola, me zoavam por tudo. Alguns motivos como a forma como eu me vestia, como meu rosto de insónia e após várias crises de ansiedade aparentava, os meus livros,... Tudo, ou quase tudo.
Em casa tudo ficava pior. Meus pais começaram o processo do divórcio e as brigas por quem ficava com o quê começaram. Ao longo do tempo tudo foi ficando pior e até me colocavam no meio das brigas, que por vezes ficavam físicas.
Um dia eu acordei e parecia que por dentro só existia um som estático. Eu estava cansada de tudo o que estava acontecendo e de todas as coisas que se desenvolveram dentro de mim como consequência.
No momento que Holly Cloutier tentou me zoar no meio do corredor da escola, eu dei um soco bem no nariz dela, e eu o quebrei. Obviamente eu fui expulsa depois e a psicóloga da escola falou comigo. Eu desabei em choro e desabafos com ela, e claro que ela fez uma queixa anónima contra meus pais. O tribunal prendeu meu pai, colocou minha mãe em um centro de reabilitação que quando acabou ela voltou à mesma vida e minha tia ficou com minha guarda.
Minha tia, Amelia Windsor, tinha uma briga de anos com meu pai. Talvez desde que eu nasci ou antes. Ambos engoliram essa briga quando ela ficou com a minha guarda.
Agora eu estava morando em um lugar suspeito, em uma casa totalmente diferente das outras que eu morei em toda minha vida. Meu quarto era mais pequeno, as paredes eram num tom amarelo bem claro, tinha listrar brancas finas e no meio delas tinha pequenas rosas em uma fileira vertical. A cama era de casal e era toda branca. Tinha uma mesa e uma cadeira no canto e um armário de madeira para as minhas roupas. Era totalmente diferente do meu quarto anterior, mas era o suficiente.
Minha tia apareceu na porta e bateu duas vezes. Eu olhei para ela, minha tia caminhou para dentro do quarto ficando próxima da mesinha que tinha um espelho.
- Quero falar umas coisas para você. Eu sou feliz nesta casa e nesse lugar que eu moro. Eu trabalho em um supermercado e não ganho o dinheiro que seus pais ganhavam. Eu não irei me mudar, nem mudar o estilo de vida. Irei viver minha vida da mesma forma e adicionar você nela. Seu pai insistiu que usasse o seu dinheiro para cuidar de você, eu me recuso a mexer naquela quantidade, apenas vou usar o suficiente todas as semanas para suas necessidades, já que é mais uma pessoa na casa. Não irei comprar nada extremamente caro, não irei te colocar em uma escola privada longe de casa. Seus aniversários vão ser diferentes. Seu pai me mandou te dar uma mesada todos os meses para comprar o que você quiser. Por fim, eu espero respeito, sou sua tia mas ainda não nos conhecemos. - ela explicou calmamente arrumando o seu jeans.
- Não se preocupa, tia. Eu não me importo. Eu vou me acostumar a minha nova vida e sem dúvidas irei te respeitar. - eu disse de forma educada.
- Você pode fazer o que quiser e se engravidar sua mesada vai pagar pelas despesas ou você vai trabalhar. Não seja presa, não coloca droga nessa casa e não aparece aqui com um novo garoto todas as semanas. - ela apontou para a cama e depois para mim, e então abriu um sorriso. - Vou fazer seu jantar favorito hoje, qual é?
- Macarrão, acho eu. Qualquer um. - sorri e me aproximei da mulher alta e loira. - Obrigada por me ter e por cuidar de mim agora.
- Você é família, coelhinha, eu querendo ou não. Eu quero que seu pai se foda, não você. - ela me puxou para um abraço que durou alguns segundos. - Vou passar na casa da minha amiga Fiona, preciso de uma coisinha para o macarrão e agora 'tá muito tarde para ir comprar. Quer ir comigo?
- Acho que não, preciso de arrumar as minhas coisas. - disse simples e abri a minha mala, que era da Louis Vuitton.
Minha tia concordou e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.
Comecei por colocar o meu computador em cima da mesinha juntamente da minha escova de cabelo, alguns produtos de maquiagem e alguns perfumes. Eu coloquei uma caixinha de acessórios ali também. Eu era louca por acessórios, adorava encher meus braços de pulseiras, meus dedos de aneis, usar pelo menos três colares e cada orelha minha tinha quatro furos pra usar brincos. Eu queria fazer um piercing no umbigo, mas meus pais não permitiam. Nas orelhas eu fiz a maioria escondido com Leah e Emma.
Morar com minha mãe não estava em meus planos, muito menos com meu pai que está preso. Minha mãe vendeu a casa enquanto meu pai estava preso juntamente de maioria das coisas que estavam lá dentro. Metade do dinheiro foi para a conta do meu pai antes dele ser preso. Eu dooei quase tudo o que era meu quando eu fui para o lar adotivo.
Eu trouxe pouca roupa comigo comparando ao que eu tinha, na minha antiga casa eu tinha um closet enorme com diferentes tipos de peças. Cinco pares de jeans, cinco blusões, cinco tops simples, cinco blusas básicas, três ténis, cinco saias plissadas, quatro short jeans, cinco casacos, duas botas, três pijamas de inverno e outros três de verão e bastante roupa íntima. Eu estava bem, talvez um dia mais tarde compresse um coisa ou outra, tia Amelia disse que tinha bastante roupa dela que eu poderia usar também.
Meu armário estava já com todas as roupas que eu trouxe. Agora faltava apenas colocar o resto dos meus eletrónicos na penteadeira e arrumar algum lugar para colocar os meus livros. Como meu armário tinha ainda muito espaço livre, decidi colocar todas as minhas leituras em um canto lá dentro. Os meus carregadores, meu celular da última geração, o meu relógio e iPad. Claro, meu fone de ouvido também, eu não vivia sem.
Tia Amelia disse que eu poderia tomar um banho e relaxar após arrumar meu quarto, então assim o fiz. Tomei um banho e vesti um pijama quente e confortável e entrei na cama. Eu estava com um livro de mistério nas mãos e uma música da Avril Lavigne tocando no meu ouvido no fone.
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oii, espero que tenham gostado do primeiro capítulo! votem e comentem por favor <3 até o próximo! peço desculpa por qualquer erro ortográfico!