[26]

894 76 55
                                    

ENTREI NO QUARTO de Carl Gallagher quando recebi sua mensagem em um tom extremamente chateado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ENTREI NO QUARTO de Carl Gallagher quando recebi sua mensagem em um tom extremamente chateado.

— O que seria "foda-se essa merda" na sua mensagem? — eu perguntei ao ver Carl de cabeça baixa, sentado na sua cama.

— As vagas restantes das novas turmas são para pessoas não-brancas. — ele resmungou. — Ela achou meu currículo bom, mas foi arquivado.

— Não tinha nem uma vaga livre pra você? — eu o questionei e me aproximei.

— O que acha? — ele disse um pouco ríspido, mas então suspirou. Sua mão viajou pelos seus fios de cabelo. — Desculpa, não tinha. Não acreditaram que eu sou meio preto.

— Meio preto? — eu olhei o garoto de cima a baixo.

— O Liam é meu irmão e ele é negro. Isso veio de algum lugar. — Carl deixou seus braços deitaram na cama, sua cabeça virou na minha direção. — Porra.

Minha cabeça viajou pelas minhas memórias. Carl disse que soube dessa escola militar pelo pai da Domique. Ele o apoiou para entrar e o ajudou com esse currículo.

— Será que o pai da Dominique pode te ajudar de alguma forma? — eu perguntei e Carl ficou calado por um segundo.

[...]

Carl e eu subimos o pequeno número de escadas que tinham na frente da porta. O Gallagher bateu na mesma, quase freneticamente.

— O que você quer? — perguntou o mais velho quando abriu a porta, seus olhos se prenderam no de Carl até ele perceber a minha presença. — Vocês.

— Eu não entrei na escola militar, senhor. — Carl disse calmamente e eu franzi o cenho, desviando meu olhar para ele.

— Que porra... — eu sussurrei para mim mesma.

— Te pegaram no teste de drogas? — ele questionou para Carl.

Carl demorou uns segundos para responder. Eu bati em seu braço levemente com o meu ombro.

— Não. — respondeu. — Eles falaram que só tinham vagas para pessoas com cor. — minha mão subiu até minha testa assim que fechava os olhos. Meus dedos expremeram meus olhos fechados enquanto eu guardava uma risada dentro de mim.

— Pessoa de cor, filho. Não é pessoas com cor. — o pai de Dominique suspirou.

— Isso é racismo reverso. — Carl disse.

— Que besteira. — eu disse para o garoto a meu lado.

— E o que acha das vagas para pessoas brancas? Racismo reverso ao contrário? — o pai de Dominique perguntou.

𝐀𝐒𝐇𝐀𝐌𝐄𝐃 ⸻ 𝑪𝒂𝒓𝒍 𝑮𝒂𝒍𝒍𝒂𝒈𝒉𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora