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IMAGINE COMO EU estava agora

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IMAGINE COMO EU estava agora. Eu mal tinha acabado de começar algo com Carl Gallagher, e isso já me enfiou em problemas. Eu esperava isso, mas não assim, não tão cedo, não desse jeito tão cruel.

Tudo isso me trouxe memórias do meu passado. Algumas vezes que meu pai aparecia machucado em casa. Sua camiseta ensanguentada e seu rosto com roxos ao redor dos olhos. Estava envolvido com traficante e agora isso era óbvio para mim, mas o quão envolvido ele estava? Foi preso por possuir drogas consigo, mas eu ignorei tudo haver com a sua acusação. Não queria mais ser envolvida com os problemas dos meus pais, pois aparentemente eu já era um deles.

Essa manhã, no dia da festa do pijama, meu pai pediu para que eu o visitasse. Maior parte de mim se negava a isso. A outra parte estava curiosa por uma memória em particular. Minha tia me levou até à prisão onde meu pai se instalava.

Eu usava uma flare jeans preta com um moletom preto. Eu tinha o capuz na cabeça e eu estava com meu cabelo simples solto. Nos pés eu usava um all star preto e nos dedos alguns aneis em prata.

Eu me sentei naquela cadeira fria e esperei a hora que eles pudessem entrar. Momentos depois eu o vi, tinha uma algema ao redor de seus pulsos e uma roupa laranja. Seu rosto tinha um corte na bochecha, que provavelmente era recente, combinando com o meu. Quando se sentou na minha frente e deu uma boa olhada em meu rosto, ele ficou pálido:

- Quem fez isso com você? - começou a conversa com um semblante desesperado, enquanto segurava no telefone preto.

- Nada. Eu não vim aqui pra ver você, eu nunca viria aqui pra te ver porque eu não sinto sua falta, nem tenho pena de você e muito menos amor. Quero saber de uma coisa. - eu cuspi as palavras rudemente pelo telefone. Eu olhava para meu pai friamente por aquele vidro que nos separava.

Ele suspirou. Seus olhos cansados e tristes. Aqueles mesmos olhos que olhavam para mim uma última vez antes de saírem pela porta, pois estavam me trocando por drogas.

- Pode perguntar. - sua voz dolorida e rouca se pronunciou.

- A noite da peça. - eu comecei.

- O quê? Que... que noite, anjinho? - ele perguntou ao unir suas sobrancelhas em confusão.

- Deixe eu terminar. - eu disse rudemente. - A noite da peça, a que eu te pedi pra se apresentar para me ver. Eu estaria fazendo o papel de Alice de Alice no País das Maravilhas. Você tinha ido lá em casa quando eu pedi, veio atrás de dinheiro para os seus vícios. 'Tá lembrando? - eu o questionei com uma sobrancelha arqueada, apontando para o ar como se um balão imaginativo estivesse ali, onde eu mostrasse a memória da qual falava.

- Lembro, anjinho. Você de Alice, estava linda. Eu fui atrasado...

- Não, você não foi atrasado. - eu o interrompi. - Você apareceu minutos antes do final, isso não é um atraso, isso tem outro nome. Sabe qual é? É chamado de ignorância. - eu apontei pro seu rosto pelo vidro. - Quando acabou, eu quase fui até você, mas Gracie me parou, a mulher que limpava nossa casa. Eu vi você indo embora com um grupo de homens e um deles apontava uma arma pra sua barriga. - eu soube que ele se lembrou do momento quando isso apareceu na sua expressão. - Quem eram? O que estavam fazendo ali e pra onde foram?

𝐀𝐒𝐇𝐀𝐌𝐄𝐃 ⸻ 𝑪𝒂𝒓𝒍 𝑮𝒂𝒍𝒍𝒂𝒈𝒉𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora