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SUBI PARA A superfície, assim podendo encher meus pulmões com ar novamente

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SUBI PARA A superfície, assim podendo encher meus pulmões com ar novamente. Duas mãos grandes me seguraram ao nível da barriga e me levantaram no ar. Em poucos segundos eu estava instalada sobre seus largos ombros, e as minhas mão pequenas seguravam as suas enormes. Seu cabelo loiro escuro brilhava com o sol de verão, cada fio molhado com a água na nossa piscina.

- PAI! - eu gritei do topo dos seus ombros. Era uma garotinha de oito anos, claro que teria medo, mas meu pai me segurava como se eu fosse uma pedra preciosa.

- Eu não vou deixar você cair, Nana. - eu, com algum medo, segurei no seu cabelo e o puxei, talvez com alguma força. - Naomi, não puxa meu cabelo. Isso doi, filha.

- Desculpa, eu tenho medo. - eu disse ao olhar para a água. Eu tinha medo dele me jogar nela.

- Não se preocupa, eu não vou te jogar. Não sou como a sua mãe. - sua última frase foi dita em um tom mais alto. Mamãe estava sentada tomando um sol, tinha algum livro em suas mãos.

Um suspiro irritado foi soltado pelos lábios avermelhados. A mulher se levantou e foi para dentro da casa.

Minha mãe me jogava na piscina, mesmo sabendo que eu tinha medo. Ela acha isso engraçado, adorava fazer quando suas amigas estavam em casa. Poderia ser uma piada entre elas, mas eu ficava com medo. Não sabia nadar, e eu ainda era pequena.

Quando ela fez isso pela primeira vez, eu estava no meu aniversário de sete anos, e eu tinha um vestido de fada. Todos os convidados viram e riram, mas meu pai veio rapidamente me buscar quando escutou o meu primeiro grito.

Eles brigaram nesse dia, eles não brigavam muito com na minha frente. Normalmente as brigas era por mim, meu pai se irritava da forma que a minha mãe cuidava de mim. Não gostava, dizia que ela me tratava como um acessório. Ele odiava isso mais que tudo.

Mas ele me amava mais que tudo, pois eu era a filha dele. Então eu poderia sempre contar com o papai, sempre. Minha mãe esquecia das minhas reuniões da escola mas ele corria do trabalho só pra colocar um curativo no meu joelho se eu caísse durante o tempo livre enquanto brincava.

- Deixa ela. - ele disse para com um tom chateado quando percebeu que eu olhava para a porta que a minha mãe entrou. Eu amava a minha mãe, eu acho. Eu não sei se gostava dela como pessoa. Eu amo meu pai. - De noite podemos ver um filme da Disney, fazer umas panquecas com frutinhas, e poucos doces. O que acha? Vestimos o pijaminha que a gente tem combinado.

- É sério? - eu perguntei animada, me mexendo um pouco devido a esse sentimento. Isso me causou quase cair, mas meu pai me segurou e soltou uma pequena risadinha. Eu ri de volta.

- Sim, sério. Podemos assistir... Toy Story, o que acha? É o nosso favori-... - eu interrompi o meu papai.

- SIM! - Eu disse animada, deixando alguma água bater no rosto do meu pai. - Desculpa!

𝐀𝐒𝐇𝐀𝐌𝐄𝐃 ⸻ 𝑪𝒂𝒓𝒍 𝑮𝒂𝒍𝒍𝒂𝒈𝒉𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora