‧₊˚ ੈ ♯𝗮𝘀𝗵𝗮𝗺𝗲𝗱.
➫ Naomi Bates Windsor sempre viveu com privilégios. No seu aniversário, sua mãe descobre a traição de seu pai. Esse foi o começo do desastre para Naomi. O processo do divórcio fora terrível, os seus pais entraram em vícios e b...
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gatilho:menção de assédio sexual, agressão física, arma de fogo, violência física e verbal.nãoaconselho a leitura a quem não consegue ler esse tipo de assunto por motivos. eu avisei.
✮ ⋆ ˚｡𖦹 ⋆｡°✩
MUITOS DIAS SE passaram desde o casamento não completo de Fiona Gallagher, um mês pra ser exata.
Depois do não-casamento, eu fui falar com meu pai. Acho que levei as palavras de Ian para outro sentido. Eu disse que tinha mais perguntas sobre sua vida dupla, a que ele preferiu a mim e sua esposa. O que ele me disse ficou na minha cabeça.
"Naomi, do quê você lembra desses dois anos?"
Eu listei tudo para ele. Me lembrava da minha mãe se fechando no quarto bebendo, e apenas saindo para procurar mais bebidas; de meu pai apenas vindo para casa para procurar dinheiro pois minha mãe, de alguma forma, fez com que ele não pudesse retirar dinheiro das suas contas bancárias; lembrava do meu pai e seus braços com marcas de injeção; lembrava de meus amigos me deixando e zoando comigo na escola; das festas que eu fui, e de alguns momentos nelas; e lembrava por último do dia da peça.
Meu pai disse que eu não me lembrava de tudo.
Eu soube naquele momento que isso era verdade, meu próprio cérebro escondia maiorias das minhas memórias. Eu lembrava de algumas, apareciam do nada na minha cabeça, como o sonho com Jamie e Benjamin.
Durante noites e mais noites eu tentava me lembrar de mais coisas, pois só memórias específicas apareciam na minha mente. Nada funcionava.
Até que uma noite eu tive um sonho.
FLASHBACK ON
Chovia lá fora, mas não foi isso que me acordou. Meu aniversário de doze anos foi à cinco meses atrás, meus pais estavam diferentes. Supôs que poderia ser meu pai entrando em casa finalmente, mas essa suposição foi negada após sentir algo frio contra a minha cabeça.
— Novamente. — uma voz grossa e embriagada disse. Eu estava sonolenta e abri os olhos assustada. Um homem alto e mais velho estava ali parado na ponta da minha cama. Ele tinha uma arma apontada na minha cabeça e eu pude ver seu zíper aberto.
— Quem é você? — eu perguntei assustada e tentei me afastar. O homem me prendeu com sua mão ao segurar fortemente no meu braço.
— Cala a boca. — ele girou algo na arma e então apertou o gatilho. Nada. — É a terceira vez, aposto que na próxima vai ser mais divertido. Fica quietinha.
E então eu comecei a chorar desesperadamente. Gritei por minha mãe, mas ela não parecia estar em casa. O homem estava claramente gostando dessa adrenalina toda, seu pênis estava marcando na sua calça enquanto ele fazia uma roleta russa em una garota de doze anos. Antes que ele pudesse apertar o gatilho novamente, o homem caiu duro no chão e a arma bateu contra minhas pernas.
