‧₊˚ ੈ ♯𝗮𝘀𝗵𝗮𝗺𝗲𝗱.
➫ Naomi Bates Windsor sempre viveu com privilégios. No seu aniversário, sua mãe descobre a traição de seu pai. Esse foi o começo do desastre para Naomi. O processo do divórcio fora terrível, os seus pais entraram em vícios e b...
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gatilho: menção de auto-mutilação.não aconselho a leitura a quem lida com isso ou é facilmente influenciado. eu avisei.
MAIS CINCO MINUTOS era tudo o que eu queria. Naquela manhã eu acordei com imensa dor de cabeça. A festa de boas-vindas de Carl foi um desastre. Eu cheguei cinco minutos atrasada e peguei o Carl saindo da sua própria festa mais cedo. Fiona me apresentou para o pessoal e depois saiu com um cara chamado Sean. Minha tia ficou conversando com outros dois vizinhos, que também eram amigos dela e de Fiona, chamados Veronica e Kevin. Eu conversei um pouco com eles e adorei suas personalidades diferentes que se completam. Eu acordei com imensa dor de cabeça porque acabei bebendo cerveja demais com o pai da família, Frank Gallagher, e nem eu mesma acredito que isso aconteceu. Eu odeio cerveja e o Frank? Sério, Naomi?
Estiquei os braços e me levantei após bocejar. Hoje era meu primeiro dia na escola nova, eu não queria ir, mas tem que ser, não é mesmo? Tomei um banho, passei um hidratante corporal e protetor solar, mesmo não estando o maior sol, eu gosto de passar sempre.
Fiz minha rotina de cuidados com a pele, escovei meus dentes e arrumei meu cabelo. Decidi deixar ele solto e simples, não queria chamar muito atenção. Escolhi vestir uma saia cinza, uma bota de combate preta com uma meia branca e um moletom preto. De acessórios eu apenas coloquei um colar, três aneis em cada mão e pelo menos duas pulseiras em cada pulso, tudo em prata. Eu já tinha trocado meus curativos, a manga do moletom iria esconder de qualquer jeito.
Peguei a minha mochila, que era preta, e joguei lá dentro alguns livros e materiais escolares que eu tinha comprado ontem com minha tia. Após colocar meu perfume eu desci as escadas e ia me dirigindo até a porta quando escutei alguém me chamar.
- Bom dia pra você também, Naomi. Não vai tomar café? - meu sangue gelou. Achei que minha tia trabalhasse às 8h da manhã.
- Bom dia, tia. Não sabia que estava em casa. Você não trabalha às 8h da manhã? - perguntei e girei meu corpo, apoiando-o em meus calcanhares.
- Hoje não, é segunda-feira, eu entro às 10h. Senta, vou te fazer bacon e ovos. - ela disse colocando um prato na mesa.
- Ah, não. Não precisa, tia. Eu não gosto muito de tomar café da manhã, fico enjoada. - mostrei um sorriso para minha tia. Na verdade, eu não comia mais café da manhã desde que meus pais pararam de fazer. Era uma refeição que todos nós amávamos, e isso me lembrava deles.
- Coma pelo menos um pão, por favor. Não quero que passe mal. - disse ela me entregando um pão com queijo. Eu sorri falsamente, pequenas coisas do dia-a-dia me lembravam do meu passado feliz, então eu evitava fazê-las para enfretar a minha realidade, mas eu fazia de tudo para agradar todo mundo, então eu o fiz.
Eu comi o pão da forma mais rápido possível. Minha tia se assustou um pouco mas não questionou. Ela deveria pensar que é algo fase minha após meu pai ser preso e minha mãe andar não sei aonde bebendo não sei o quê. Quando saí de casa, pude sentir o vento calmo daquela manhã batendo em meu rosto.