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SENTI O QUENTE da luz solar bater em meu rosto

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SENTI O QUENTE da luz solar bater em meu rosto. O meu quarto estava silencioso. Olhei para o lado e vi Carl ainda dormindo no colchão, ele roncava mas não era muito alto.
Cuidadosamente eu fui até à mesinha no meu quarto e peguei um cigarro. Com o isqueiro eu o queimei na ponta e o pousei entre meus lábios. Eu andei até à janela em passos cuidadosos e me sentei na ponta da cama, onde se ali se localizava exatamente o vidro. Abri a janela e suguei o cigarro, sentindo aquela ardência preencher meu pulmão. Depois de tragar eu soltei a fumaça.

— Não sabia que fumava, gatinha. — uma voz rouca e sonolenta disse. Virei minha cabeça e vi Carl sentado no colchão com uma mão sobre a testa para cobrir seus olhos da luz solar. Seu rosto mostrava sono ainda.

— É, fumo sim. — disse em um tom calmo, eu traguei no cigarro novamente.

— Quando vai sair comigo? — ele perguntou e eu ri após soltar novamente a fumaça.

— Você acabou de acordar, Carl. Aliás, eu vi você conversando com Dominique, dando um presente pra ela. — eu disse e voltei a olhar a vista da minha janela.

— Ciúmes, Naomi? — perguntou, eu levantei meu braço esquerdo e mostrei o dedo do meio.

— Nem ferrando. — traguei. — Só estou dizendo, por quê flertar comigo? Já disse que não vai rolar, e você tem a Dominique pra pedir um encontro. — soltei a fumaça.

Carl se levantou e mostrou um sorriso perverso. Ele se aproximou de mim e ficou parado na minha frente.

— É pra fazer ciúmes, gata. Eu sou insistente e irresistível, você só 'tá em negação! — ele falou e cruzou os braços.

— Você é um chato, isso sim. — eu respondi e após terminar o cigarro eu joguei o restinho pela janela.

— Que seja, isso é só uma fase sua. Tenho um lugar pra ir, te vejo mais tarde? — ele piscou o olho para mim e começou a procurar suas coisas.

— Não. — sorri maldosa e ele riu. Antes de sair, Carl se aproximou com um semblante sério.

— Eu 'tô confiando em você pra não fazer merda. Eu 'tô a uma ligação de distância. — ele disse colocando sua mão sobre meu ombro.

— Carl, eu não tenho seu número.

— Ah, já 'tá querendo meu número, gatinha? — Carl questionou com um sorriso pervertido, eu rolei os olhos. — Não se preocupa, já tem. Tirei uma foto do meu número no seu celular, adiciona depois. — ele sorriu e saiu do meu quarto antes que eu pudesse falar ou reclamar.

𝐀𝐒𝐇𝐀𝐌𝐄𝐃 ⸻ 𝑪𝒂𝒓𝒍 𝑮𝒂𝒍𝒍𝒂𝒈𝒉𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora