~Nota da Autora~
Obrigado pelos comentários e pelos favoritos ;) Esse capítulo é curtinho tem uma pegada leve e fofa, foi uma semana corrida então não consegui me extender tanto quanto gostaria.
Sobre o capítulo da semana que vem provavelmente só vou conseguir postar no dia 10/05/2024.
~Fim da Nota~
Rick estava puto só não mais que Carol que faltava um triz para arrancar nossa orelha, foi a doce Sophia que nos salvou da irá da sua mãe. Por conta da tensão no ambiente explicamos em detalhes o que havia acontecido, as expressões foram um misto de horror e alívio.
O carro foi descarregado pelo restante do grupo, guardaram os enlatados nas prateleiras e as roupas num dos armários. O restante dos suprimentos colocamos numa das celas que usávamos como dispersa. No tom de comando Grimes fez com que Dixon dormisse numa das celas vagas para evitar subir as escadas por conta da perna, mas antes o empurrou para o banheiro (ele odiou).
Colocamos um banquinho para que pudesse se sentar e embrulhei o curativo por conta da água. Daryl se sentia desconfortável ao ser observado até mesmo conversar é difícil se ele não estivesse à vontade. Acredito que vê-lo nu numa situação tão vulnerável vai deixá-lo extremamente desconfortável por isso aguardei minha vez. Mesmo que esteja mais comunicativo nos últimos dias, o que é incrível para quem é reservado. Tais momentos são raros sendo assim precisávamos lhe dar um tempo. Apressá-lo ou forçar só resultaria em desconfiança ou pior... um soco na cara.
Enfim, esperamos do lado de fora para caso precisasse de ajuda. Rick batia o pé impacientemente e coçou a barba para em seguida me observar de forma séria e intimidante.
— Sente-se antes que desmaie. — Pediu, empurrando-me delicadamente para cadeira.
— Estou bem. — Afirmei, mas fiz o que pediu. — Rick, foi apen-
Me ignorou começando a mexer na minha cabeça até encontrar o corte feito pela queda. Ele praguejou, e eu acabei tranquilizando-o tornando sua expressão seria mais suave, mas não menos preocupada. Expliquei que o corte era superficial e a contusão aos poucos tinha passado por mais que ainda sentisse tontura.
— Você me deu um susto. — Disse tirando os fios grudados da minha testa e os jogando pra trás. — Na verdade todos me deram. E T-Dog continua a murmurar pelos cantos como vocês são teimosos e tenho que concordar.
— Podemos ser um pouquinho. — Zombei com um sorrisinho divertido. — Mas, estamos todos bem é o que importa.
— Sim. — Concordou Rick dando uma tapinha reconfortante no meu ombro. — Tinha elaborado um sermão gigantesco, no entanto, não quero discutir sobre isso. Como você disse o importante é que estejam bem, mas tenha sempre cuidado.
— Eu terei. — Falei fechando os olhos quando seus dedos deslizaram pelo meu cabelo. — Não se preocupe.
— Difícil não se preocupar. — Murmurou com um último afago, porém deixou a mão no meu ombro.— Carol?
— Vim chamá-los pra comer. — Disse ela com um sorriso sem vergonha que só me fez corar. — Lori, está te procurando então pode ir que eu espero aqui.
Rick não se moveu e só o fez quando Carol repetiu o que dizia e percebeu que continuava a apoiar sua mão no meu ombro dando um último apertão antes de se afastar.
— Vocês são tão insuportavelmente alheios que me irrito. — Resmungou ela se apoiando na parede ao meu lado. — Ficam dançando entorno uns dos outros, mas não fazem nada a respeito. Sério, vocês três me deixam ansiosa.
Franzi a sobrancelha até entender o que ela dizia e ao fazer ri baixinho.
— Você está vendo coisa demais.
— Talvez esteja certo, mas ainda estou as vendo, o que torna essa situação real e se é real você precisa fazer algo a respeito.
— Não farei nada nesse momento. — Disse ignorando sua expressão chateada e prossegui. — Ninguém está pronto e nem eu estou por isso vou levar as coisas devagar.
— ... — Suspirou resignada. — Faça o que se sentir confortável. Vou ter que aguentar minha ansiedade.
Não contive minha risada o que a fez sorrir também me abraçando. A deixei continuar com o carinho e relaxei contra seu quadril pelo tempo que Dixon ficou no banheiro. Ele saiu esfregando os cabelos com a toalha e mancava de uma perna, no entanto, se manteve firme.
— Hora do abraço? — Perguntou com um careta dando um passo pra trás quando Carol me soltou e foi até ele. — Nem pense mulher.
Ela riu antes de responder: "Venham depois pra comer". Falou com seu sorrisinho idiota, piscou pra mim e se afastou rindo.
— O que ela tem? — Perguntou o arqueiro e dei de ombros procurando não pensar no que estava pensando.
Bati nas minhas bochechas para o tom vermelho sumir.
— Como está sua perna? — Perguntei mudando de assunto e saindo da cadeira.
Ele cheirava bem.
— Stiles? — Fui levemente cutucado por ele o que trouxe minha atenção de volta. — Você se desligou por um tempo.
— Desculpa, o que dizia?
— Minha perna está bem. — Afirmou olhando para o embrulho que tinha feito com plástico, protegeu bem contra a água.
— [~Mostre~].
Deixei minha magia envolver sua perna machucada e em segundos recebi as respostas que queria, as informações me diziam que seu machucado não possuía infecções, mas o seu tornozelo estava inchado. Pela falta de apoio daquele pé e as leves contrações na sua expressão desconfiava que sentia dor.
— Tome os antibióticos e quando sair pego uma poção de dor para você. — Disse o lembrando dos remédios porque ele fingia esquecer, homem teimoso.
Daryl bufou, porém devido a minha expressão "intimidante" acabou concordando e antes que fosse para banho bagunçou meu cabelo. Com um sorriso nos lábios, me inclinei para o contato sem disfarçar o quanto gostava.
— Você parece um gatinho. — Murmurou corando ao perceber que tinha falado em voz alta.
— Você acha? — Perguntei fazendo um barulho engraçado de ronronar.
Dixon riu do som, mas finalizou o contato com seu característico "idiota" e se afastou dizendo ir comer. Me despedi com um sorriso seguindo para o banheiro, fiz o que tinha que fazer e depois tomei banho, esfregando todas as partes do meu corpo até estar macio e brilhante.
Tinha conseguido ótimos produtos de higiene então estava com a pele de neném (macia e cheirosa). Ao terminar me sequei e coloquei uma roupa confortável para noite, algo mais quente, sai esbarrando com o T-Dog que me parou para perguntar como estava. Depois de uma breve conversa e ter guardado a roupa suja num canto da minha cela (lavaria amanhã), fui comer.
Por ter demorado um pouco havia poucas pessoas na cozinha improvisada — Carol, Daryl, Rick, Beth, Glenn e Lori — peguei um dos pratos e me servi com a sopa, sentei ao lado do arqueiro e ouvi a conversa do restante do grupo basicamente sobre nossos suprimentos e o tempo mais gelado.
Sempre gostei dessa sensação tranquila que esses momentos traziam por mais que existisse uma tensão na abelha rainha (Lori). Acabei perguntando como estava e recebi como resposta um bufar irritado, ignorei e não insisti voltando minha atenção pra Beth.
Ela me informou que seu pai estava melhorando e já ficava mais de duas horas acordado, amanhã iria vê-lo por que tentei hoje, mas com um olhar intimidante tanto de Rick quanto de Carol fui pra cama. Dixon, teve o mesmo destino.
Então sim... novamente fui dormir.
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A faísca que brilha no caos.
FanfictionAinda há esperanças numa sociedade onde a lei da sobrevivência é a que reina? Enquanto Stiles luta para entender seu papel nesta nova realidade ele também precisa lidar com um grupo de pessoas que testará sua paciência e talvez quem sabe encontrar o...