Capítulo 33. Um dia melancolico.

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~Nota da Autora~

Olá, obrigado pelos comentários e pelas estrelinhas ~muitos corações~

Sobre esse capítulo: é mais um capítulo para encher sabe... mas, na segunda parte dele tem algo que a muito queria escrever mais nunca é o momento certo. Então espero que vocês gostem. 

— As frases com [~exemplo~] em itálico e negrito (como no exemplo) são quando Stiles recita algum feitiço em outra língua, no caso latim. 

Contém: Morte de zumbis, criança segurando uma arma, menção de morte de personagem.

~Fim da Nota~

Havia se passado um dia desde que eles se foram, e a preocupação estava me corroendo. Uma forma que arranjei para controlar essa inquietação foi estudar, mas se tornou uma péssima ideia porque não conseguia prestar atenção no que estava lendo. Além disso, com a presença de Carl, qualquer concentração restante foi embora.

No fim, suspirei fechando o livro e olhando para o garoto com um sorriso reconfortante.

— Eles estão bem, né? — Perguntou Carl apoiando sua cabeça no meu ombro enquanto tentava ler um dos meus livros de magia. — Já anoiteceu e amanheceu, e nada...

— Tenho certeza de que estão bem, Carl. Eles sabem se cuidar. — Afirmei tentando transmitir uma confiança que eu mesmo lutava para sentir. — Nesse meio tempo podemos tentar nos distrair.

— Não acho que esteja a fim. — Respondeu deixando o chapéu de xerife cair sobre seu rosto para esconder sua expressão triste. — Eu não quero perder o papai. — As últimas palavras foram sussurradas tão baixinho que me esforcei para ouvir e quando o fiz, só pensei em conforta-lo.

Passei meu braço envolta do seu ombro procurando transmitir carinho. Ficamos em silêncio por horas, apenas aproveitando a presença um do outro. Procurei palavras que pudessem animá-lo, mas nada me vinha à mente. Então, me conformei com o silêncio, até Sophia aparecer.

— Estava procurando por vocês. — Disse a garota colocando as mãos na cintura e esboçando um sorriso gentil. — Carl, mamãe encontrou um livro de piadas e eu me perguntei se você não queria lê-lo comigo.

Essa é uma ótima ideia para tirá-lo dessa melancolia e o incentivei, contudo, continuou escondido e mesmo com o apertão leve no seu ombro não parecia querer sair dali. Entretanto, segundos depois o pequeno Grimes ergueu o chapéu apenas o suficiente para olhar para Sophia, seu olhar ainda sombrio, mas com um brilho de curiosidade.

— Não sei, Sophia... — Disse Carl de forma insegura, mas insistente como era Sophia se aproximou e segurou sua mão.

— Vai ser divertido, prometo. E pode ser uma boa distração. — Num tom suave e encorajador.

O pequeno pensou e olhou para mim.

— Vai lá, Carl. — Falei ajeitando o chapéu de xerife na sua cabeça. — Rir pode te fazer se sentir melhor.

Ele hesitou por um momento antes de finalmente se levantar.

— Você não quer vir junto? — Perguntou.

— Sim, venha Stiles! — Completou Sophia.

Por mais que quisesse tirar minha mente do turbilhão que ela se encontrava preferia ficar sozinho. Ao falar arranjei uma desculpa e preferi não olhar para os olhos brilhantes das crianças.

— Preciso terminar algumas coisas, mas agradeço o convite.

— Só não fique triste, Sti. — Afirmou Carl. — Como você mesmo disse precisamos acreditar que ficaram bem. — Prosseguiu, tentando esboçar um sorriso. — Vamos lá, Sophia.

A faísca que brilha no caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora