A faísca que brilha no caos.

Capítulo 26. Sou eu que preciso decidir o que me faz bem.

~Nota da Autora~

Olá, obrigado pelos comentários e votos ;)

Nesse capítulo temos um salto de tempo, não muito grande, mais ainda um salto. Pode ser meio parado, mas foi necessário. A segunda parte é algo que já vinha querendo escrever, então qualquer dúvida e se alguém quiser conversar sobre isso estou aberta. Além disso, pra mim nessa fanficStiles não se rotula, para ele aqui seu pensamento é: se gosto pq não usar, pq não o fazer. Com isso, dito boa leitura.

Contém: discussões sobre preconceito.

~Fim da Nota~

O final do inverno (2,9 meses) segundo Hershel haviam passado e com ele a discussão com Lori, a minha promessa de não a cumprimentar e não a examinar se tornou difícil de cumprir. Um dos motivos é pelo bloco ser pequeno então é inevitável não nos esbarrarmos, ficar calculando meus gestos e cada passo que dava me estressou nesses últimos dias. Eu sabia que não poderia sustentar isso para sempre, essa merda além do estresse causava ansiedade e deixava o ambiente tenso.

As refeições compartilhadas acabam no sarcasmo e no pior em xingamentos, mas tentava ser indiferente, no entanto, muitas vezes preferia o silêncio da minha cela. Rick, pedia desculpas por ela, mas pela constância das frases frias os pedidos não tinham o efeito que ele queria. Entretanto, as palavras duras do Grimes que eram dirigidas para Lori todas as vezes que falava merda me faziam sorrir. Daryl, se juntou na força tarefa do policial e a mandava calar a boca na maioria das vezes o que causou alguns choques, contudo, o abraçava para seu desgosto (sua felicidade, na verdade).

Carol, nesses momentos me dava piscadelas provocadoras que me faziam corar, mas fingia não notar. O que era lembrado por Maggie quando passava por mim e colocava uma camisinha nas minhas mãos, murmurando algo como: "nunca se sabe" ou "você pode precisar". As brincadeiras não me incomodavam e por mais que ficasse sem jeito gostava de como elas aliviavam o clima.

Se tirasse Lori e Dale as semanas eram tranquilas, mas como essa possibilidade não existia ignorava. Conforme os dias começaram a esquentar lentamente trazendo o calor agradável e um ambiente mais calmo a animosidade entre a Sra. Grimes e eu permanecia. Hershel me atualizava sobre o progresso dela, pelo que dizia seu peso continuava uma preocupação.

— Não a muito que possa fazer... — Disse voltando atenção para as roupas sujas que lavava num balde com água e sabão. — Ela não aceita minhas poções e nem que a examine.

— Você tentou?

— Rick, me pediu. — Torci a roupa colocando-a em outro balde. — Mas, a única coisa que recebi ao me aproximar novamente foram palavras de ódio.

— Filho, entenda... — Pediu Hershel e se sentou num dos bancos que tinham do lado de fora.

Provavelmente a conversa demoraria, merda.

— Entender? Eu estou sendo bom até demais.

— Ela está gravida, é um momento delicado...

— A gravidez não é motivo para que seja agredido verbalmente a cada segundo do dia. — Esse papo de "compressão" que Greene estava tentando me fazer engolir nos últimos dias me causaria gastrite.

— Hershel! — Chamou Dale ao se aproximar.

Suspirei e isso só piora.

— Sim?

— Não se associe com esse garoto. — Afirmou Dale apertando a bíblia que ultimamente carregava. — Eu sei que ele está amaldi...

Me desliguei da conversa de ambos focando nas minhas roupas — encharque, ensaboe, esfregue, lave novamente para tirar o sabão e separe — permaneci nesse processo até notar T-Dog sentando ao meu lado me oferecendo uma bala de caramelo.