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Pov's Paola Carosella

- Sério isso? - retruquei incrédula com a informação que a Carol me deu enquanto andávamos até a varanda do meu escritório - Não acredito que aquela ruiva tinha segundas intenções, por isso que ela não desceu pra mim..aquela cara de sonsa.

- Amiga, porque você não convidou logo ela ontem? Você também vacilou, Paola - a Carol riu cruzando os braços e eu revirei os olhos - Sabe que eu até acho engraçado vocês duas? Uma hora estão iguais a cão e gato, depois agem como se fossem melhores amigas.

- O que ela te falou quando chegou do encontro com a ruiva? - perguntei um pouco incomodada.

- Nada demais, sabe que a S/n não fala da vida pessoal dela assim depois de ter terminado com a Bruna - ela respondeu me fazendo assenti - Mas acho que não rolou nada.

- Do que adianta ela ter terminado com a Bruna se arranjou outra igualzinha a ela?! Eu sabia que ela não tinha superado aquela mulher, não sei porque eu ainda fico insistindo.

Suspirei dando as costas para a Carol e voltei para a cozinha do meu restaurante que estava cheio como sempre. Pelo menos trabalhando esqueço que a S/n é muito mais nova que eu e que as possibilidades de ter algo são praticamente nulas.

Quando nos conhecemos ela namorava com a Bruna, se não me engano as duas estavam juntas desde a faculdade. Eu nunca gostei da namorada dela desde que a conheci, talvez o fato de eu ter tido uma quedinha na S/n desde o início também tenha sido um dos fatores para esse sentimento com a ex namorada dela. Enfim, no fim eu sempre estive certa. A mulher era uma filha de uma puta quando estava longe da gente e a sós com a S/n. Eu sabia que ela não prestava, mas fui atrás pra ter certeza e encontrei ela se pegando na maior cara de pau com uma prima da S/n no dia do aniversário do Luciano. Eu contei pra S/n, mas ela achou que era implicância minha com a ex dela e resolveu não acreditar. Elas passaram mais um ano depois desse ocorrido e depois ela descobriu por conta própria.

Talvez seja por isso que ela não goste tanto de mim. É difícil ter que lidar com a realidade das coisas, principalmente quando a pessoa que gostamos não gosta da gente, sei bem como é isso, então não julgo ela por ter agido daquela forma. Faz dois anos que ela terminou, eu achei que ela tinha superado..mas pelo visto não porque a ruiva daquela clínica é a cara da Bruna.

- Paola, não fica assim - a Carol surgiu atrás de mim e eu suspirei pra ela parar de voltar nesse assunto - A S/n não odeia você, tudo que ela fala é da boca pra fora você sabe.. até comigo ela é assim.

- Olha, eu não quero mais saber da sua cunhada, ok? Pra mim agora ela é apenas a sua cunhada que por coincidência também é madrinha do meu afilhado..chega de ficar correndo atrás dela o tempo todo, já vai fazer dez anos que estou nessa.

Ela assentiu com as mãos no bolso do avental e eu voltei para o trabalho.

[...]

Entrei em casa por volta das sete da noite, coloquei minha bolsa no sofá e me joguei no mesmo. Estou exausta desde ontem que não parei, mas não quero reclamar porque isso deve ao meu restaurante ter sucesso. Levantei mesmo sem coragem e fui tomar banho para ter mais disposição.

- Mãe, me ajuda no meu dever de biologia? - a Fran entrou no meu quarto enquanto eu estava na banheira e logo apareceu no banheiro - Ei, me ajuda no dever.

- Ajudo, deixa eu descansar só mais um pouquinho - pedi fazendo carinha de cachorro pidão e ela riu - Quer assistir filme mais tarde?

- Nem vai dar, tenho prova amanhã e não posso nem correr o risco de chegar atrasada - ela respondeu me fazendo assenti - Vou te esperar na sala.

𝐄 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮| ᴘᴀᴏʟᴀ ᴄᴀʀᴏꜱᴇʟʟᴀ ˣ ʸᵒᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora