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Pov's Paola Carosella

Tirei a touca da minha cabeça quando saí da cozinha com a Carol, essa semana está uma correria pra dar conta de dois estabelecimentos e ainda é quinta feira. Às únicas vezes em que consegui falar com a S/n foi a noite quando estamos em ligação, quando chego em casa só ajudo a Fran com as atividades do colégio, faço nosso jantar e vou dormir porque realmente é exaustivo essa correria. Ela também está assim na clínica, parece que foram encaminhados pacientes novos e ela tá com a demanda cheia. Percebo que ela também está bem cansada nas ligações, então elas não duram muito tempo como eu imaginava porque ou eu pego no sono primeiro ou então é ela.

Suspirei sentando na área de ar livre com a Carol que tava passando mal pelo fluxo lá dentro. Dei um copo d'água pra ela e a mesma bebeu.

- Acho melhor você tirar um tempo - falei virada para ela e ela negou - Carol, eu não vou deixar você ficar passando mal assim.

- Paola, só foi uma vez - ela riu me colocando o copo vazio no chão - E foi porque essa semana está muito agitada aqui no restaurante, mas estou bem e o Bernardo também.

- Posso confiar mesmo? - ela assentiu - Ok, mas quando você completar os cinco meses você vai tirar uma licença para começar a se organizar.

- Sabe que entro no quarto mês hoje, né? - ela falou risonha e eu a olhei incrédula - A S/n está super empolgada lá em casa, toda hora ela fala sobre o Bernardo e que vai levar ele pra tudo que é lugar, hoje de manhã ela deu um conjunto de dinossauro pro Be, disse que comprou um igual pra ela para os dois usarem juntos.

- Ela sempre foi uma fofa mesmo - comentei com um sorriso bobo lembrando do nosso final de semana passado e tirei o sorriso do rosto quando lembrei que a Carol está do meu lado - .. bom, tenho que entrar.

- O que foi isso Carosella? - ela perguntou com um sorriso malicioso no rosto e eu acabei mordendo o interior das minhas bochechas porque fiquei com vergonha - Pensei que tivesse desistido da S/n depois que soube daquele jantar dela com a Cíntia, eu sabia que você tava falando da boca pra fora.

- Boca pra fora nada, eu não tô nem aí mais pra S/n - respondi dando de ombros - Você está vendo coisa onde não tem, vou trabalhar antes que você fique aí criando mais teorias.

- Quer jantar lá em casa no sábado? Podíamos assistir filme, acho que a S/n não deve sair - ela comentou levantando - ..quem sabe não é nessa noite que vocês finalmente se pegam?!

- Vou pensar no seu caso, Carolina.

Ela deu risada e voltamos ao trabalho. Tenho muita vontade de falar pra ela que estou tendo algo com a S/n, mas prefiro que as coisas se tornem oficiais pra poder falar com a Carol porque sei que logo que ela ficar sabendo vai contar tudo para o Luciano. E eu preciso estar preparada quando for conversar com ele sobre a S/n. O Luci é um ótimo irmão e quando toda aquela história com a Bruna veio à tona, ele ficou dez vezes mais protetor com a S/n. Não o julgo, porque o estado que ela ficou quando soube de tudo foi lamentável...e eu não podia fazer nada pra ajudar ela porque ela mesmo não queria se ajudar naquela época.

Fiquei de olho na Carol enquanto ajudava com os acompanhamentos dos pedidos, ela riu quando percebeu e eu dei de ombros. Não tem como eu não me preocupar com ela, eu a considero minha irmã mais nova de outra mãe.

[...]

- Está tudo impecável, Paola - um dos avaliadores falou comigo e eu apertei sua mão como cumprimento - Seu restaurante fica cada vez melhor todas as vezes que venho aqui, não cansa de me surpreender?

- Obrigada, Leandro - respondi simpática - Minha equipe sempre se esforça para entregarmos o melhor para os clientes, o mérito também é deles.

- Não seria se eles não tivessem uma chefe tão empenhada como você, concorda? - ele retrucou acariciando a em minha mão que estava em cima da mesa e eu recuei de imediato.

𝐄 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮| ᴘᴀᴏʟᴀ ᴄᴀʀᴏꜱᴇʟʟᴀ ˣ ʸᵒᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora