Pov Paola Carosella
Peguei duas massas de macarrão e coloquei no carrinho. Também peguei massa de lasanha porque a S/n adora comer aos domingos, tirei a atenção das massas quando a Francesca apareceu com cinco pacotes de salgadinhos de queijo, dois biscoitos recheados e duas batatas fritas.
- É pro meu lanche da noite - ela falou colocando no carrinho - Tô em fase de crescimento, mãe.
- Realmente, já tá quase passando da S/n - dei risada com ela e fomos para a sessão de frios - Se você comer esses lanches tudo de uma vez não vai ter mais neste mês, ouviu?
- Posso levar uma barra de chocolate? - ela indagou com um sorriso grande e eu cerrei os olhos - Qual é, mãe? A S/n comeu a última que tinha todinha.
- Vocês duas tem que ter as barras divididas, tá impossível isso - falei pegando cinco - Vamos adiantar por aqui, ela não tá atendendo telefone e eu estou começando a ficar preocupada.
- Ela almoçou, mãe? - neguei - Não comeu nada? Então, tem coisa estranha porque ela não rejeita comida.
Dei risada beijando a cabeça da Francesca e coloquei mais algumas coisas no carrinho antes de irmos para o caixa. A volta para casa foi mais rápida do que a ida para o mercado. Deixei um recado pra ela no post it perto da porta do nosso quarto porque não queria acordar ela.
Estacionei o carro e abri o porta mala. Peguei algumas sacolas e a Fran pegou outras, mesmo assim vamos ter que voltar. Fomos para a cozinha e deixamos a sacola em cima da bancada. Passamos pela sala e eu vi a S/n deitada no sofá, fui até ela enquanto a Fran voltava para o quarto e coloquei um travesseiro debaixo da cabeça dela.
- Amor? Cheguei - chamei ela lhe dando um beijinho - Meu bem, acorda um pouquinho pra você comer...quer uma lasanha, hum? Um bolinho de chocolate?
- Amor..onde você tava? - ela falou baixinho com os olhos meio abertos e eu beijei a mão dela - ..Paola, eu tô muito mal.
- Quer ir ao hospital? Eles podem passar remédio pra aliviar, meu amor - sugeri preocupada acariciando o rosto dela e franzi o cenho com ela queimando de febre - Vou pegar o termômetro.
Levantei rápido para ir até a cozinha e peguei o termômetro dentro das gavetas de remédios. Voltei para a sala e coloquei o termômetro nela. Esperei alguns minutos e tirei o termômetro.
- 39,7° graus - suspirei guardando o termômetro - Vou te levar pro hospital, S/n..isso não é normal, de repente essas dores, vida? Não é normal.
- Eu vou ficar bem, não precisa de hospital - ela respondeu tentando sentar e eu a ajudei - Cadê a Fran? Ela já fez as atividades dela? Eu tinha que responder um questionário pra ela, amor.
- Não precisa, converso sobre isso com a Fran depois - falando na Fran ela voltou pra sala depois de colocar todas as sacolas na cozinha e me olhou preocupada - Filha, pode fazer compressas frias pra mim?
- Não precisa, minha princesa - a S/n se pronunciou tentando ficar de pé, mas não aguentou e eu a segurei rápido.
- Isso é porque ela não comeu, mãe - a Fran falou com o cenho franzido - Vou tirar a sopa pra colocar pra esquentar, pelo menos é algo leve, né?
Assenti e ela correu pra cozinha. Suspirei com a S/n deitando a cabeça em meu peito e me agachei pegando ela em estilo noiva. Ela abraçou meu pescoço deitando em meu ombro e o corpo ainda está bem quente. Subi com ela pro quarto e entrei colocando ela na cama. Fui pro banheiro e liguei a banheira na água morna. Minha mente tá um turbilhão que nem consegui raciocinar onde estava meu celular pra poder avisar a Carol que não iríamos mais hoje. Voltei para o quarto e trouxe a S/n já despida para o banheiro.
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𝐄 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮| ᴘᴀᴏʟᴀ ᴄᴀʀᴏꜱᴇʟʟᴀ ˣ ʸᵒᵘ
FanfictionTentando recomeçar sua vida em São Paulo depois de sair de um relacionamento desastroso, S/n Lima consegue um emprego em uma clínica renomada na cidade. Ela só não contava que a melhor amiga da sua cunhada, iria tomar uma classificação diferente na...