𝐄 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮| ᴘᴀᴏʟᴀ ᴄᴀʀᴏꜱᴇʟʟᴀ ˣ ʸᵒᵘ

19

Pov's Paola Carosella

Franzi o cenho quando minha campainha tocou, deve ser alguma coisa que a Fran pediu pela internet. Abri a porta e suspirei de desprazer ao ver a Bruna parada em minha frente.

- Você não tem vergonha na cara, argentina? - ela falou irritada comigo e eu recebi um tapa -...isso é o mínimo que você merece.

Meu corpo cambaleou para trás com o impacto, isso deu passagem para a Bruna entrar em casa e agarrar meus braços me desferindo outro tapa do outro lado do rosto.

- Você estava de olho nela há anos, sua vagabunda - ela falou com o maxilar trincado de raiva e ergueu o meu rosto ao puxar o meu cabelo me fazendo encarar o olhar dela - .. está feliz não está? De ter consigo pegar a S/n..pena que ela só te quis depois de quanto tempo mesmo, Carosella? Você esperou tanto não é mesmo? - a Bruna riu e falava baixinho como se soubesse que a S/n estava aqui - Por culpa sua ela terminou comigo, não tinha que se meter onde não foi chamada..mas o que esperar de uma estrangeira, não é? Você nem devia estar aqui pra início de conversa.

- .. você não vale a comida que come, pena que a S/n demorou demais pra perceber - retruquei sustentando o olhar dela e o meu rosto ardia - ..se não me soltar eu grito.

Ela me deu um sorrisinho cínico e me soltou, mas não adiantou em nada porque agarrou o meu braço e me levou para a garagem de casa que ficava afastada da cozinha... assim as probabilidades da S/n aparecer eram praticamente zero. A Bruna me empurrou me largando e eu passei a mão no local do aperto que também estava ficando avermelhado.

- Você fala tanto de mim, mas usou sua própria filha como forma de se fazer de coitada pra impressionar a S/n - a Bruna comentou me deixando incrédula de raiva - Acha que eu esquece que a peste da sua filha fazia de tudo pra ter que sair a sós com você e a S/n? E você nem se dava ao respeito de dizer que não.

- Olha como você fala da minha filha, Bruna - respondi irritada - Você não presta e nunca prestou..quer saber? Eu gostava mesmo de sair sozinha com a S/n..e rezava pra ela perceber o mais rápido possível que você era uma canalha..e da pior raça que existe..pensa que eu não sei que você vivia de casos pelas costas dela? Acho que está meio tarde pra você vir bancar a arrependida.. agora a S/n sabe que é incrível demais para um ser desprezível como você.

O punho dela fechou e ela se irritou mais. Veio em minha direção e como eu já esperava isso, segurei o braço do tapa que eu ia receber pelo pulso dela. Porém, a Bruna participa constantemente de lutas de boxes o que não me dá vantagens em medir as minhas forças com as delas. Senti um chute no meu estômago que me fez cambalear para trás outra vez e minhas costas baterem com força na estante de ferramentas. Isso gerou várias caixas caindo no chão e um gemido de dor que não consegui segurar. Chutei o joelho dela no mesmo instante que ela veio me sufocar e a empurrei para longe de mim, isso fez a Bruna bater com tudo no capô do meu carro.

- Você é tão tonta que não percebe que a S/n só está te fazendo de tampa buraco, argentina - a voz da Bruna soou enquanto eu tentava não vomitar com a mão onde recebi o chute no estômago, meu corpo caiu no chão fraquejando e a Bruna se aproximou como se o meu chute não tivesse gerado nem 5% de dor nela, a mesma se agachou em minha frente e sorriu outra vez - Acha mesmo que ela gosta tanto assim de você? S/n está comigo desde a faculdade, não é fácil esquecer alguém assim..isso quer dizer que ela ainda sente algo, mas você a deixa confusa.

- Tão confusa que ela aceitou o meu pedido de casamento e foi quem me beijou primeiro..- retruquei com a minha voz quase falhando.

O maxilar da Bruna trincou outra vez e como uma boa impaciente ela me levantou segurando em apenas um braço meu. Quando o tapa foi desferido no meu rosto ouvi do fundo a voz da S/n me gritando, não consegui raciocinar mais nada porque o meu corpo caiu novamente e a Bruna foi empurrada para longe de mim.