29. Sentença de morte.

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✦ Chase
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Vejo Kiera sair lentamente pela manhã assim que acordo. Assim que fecha a porta, me ergo da cama. Seamus continua adormecido, e ajeito a coberta sobre ele. Parece uma criança dormindo.

Encaro o relógio e percebo que já são sete da manhã, o que significa que os senhores estarão vindo para a reunião, e sinceramente, não perderei isto. Saio do quarto de Seamus e esbarro com uma criada no corredor. Arly, se não me engano. Lembro-me que seu corpo tem cheiro de cacau e café. Ela sorri assim que me vê, e fica envergonhada.

— prepare um traje para mim. — ordeno, e ela prontamente caminha rápido ao meu quarto.

Adentro o cômodo retirando minhas roupas, e adentro o banheiro completamente nu. A água fria faz muito bem para minha pele, e assim que adentro a banheira, me sinto perfeitamente bem. Recosto a cabeça na parede e fecho os olhos, me deliciando.

Ontem foi complicado, e nunca senti tamanha raiva e medo. Gerrard e John pareciam ter assuntos sérios a resolver, mas... não sei o porquê. De fato, nossos clãs tem problemas um com o outro, mas Gerrard não parece ligar para estes conflitos, ele não dá a mínima para muitas coisas, e bom... não sei, não há o que fazer. Mas ontem o Parker parecia realmente fora do sério, e eu não queria ter que agredir ele, afinal é o pai de Angel e... ah Angel.

O traje da garota era tão delicado. Vermelho vivo com um decote na medida certa, a cintura acentuada e os olhos... ela estava linda, como em todos os dias. Mas o sorriso, ah o sorriso que deu ao falarmos sobre nossas missões juntos.

Soco o canto da banheira. Como pode uma mulher mexer tanto com meus sentimentos desta forma? Ela não fez nada de importante, ela não fez nada por mim agora, e tudo que passamos no passado já se foi. Tenho preocupações maiores, metas maiores e mesmo assim, a primeira coisa que penso é colocá-la junto a mim no projeto da minha vida. E depois, em uma simples conversa, ela me deixa desnorteado. Se não fosse Seamus interrompendo nossa dança para chamar minha atenção à tal gritaria, eu nem teria notado. Estava distraído, avoado, e isto não pode ocorrer. Mantenha o foco, Chase. Ela está te hipnotizando, certeza.

Escuto um falatório em meu quarto, a criada parece falar com outra pessoa. Termino o banho rápido, e o falatório se esvai. Ergo-me da banheira e enrolo a toalha na cintura. Abro a porta para entender o que foi aquela algazarra.

— Por que estava... gritando.. — Não termino a frase corretamente.

Angel me encara surpresa, e seu olhar desce por todo meu corpo, mas ela sobe os olhos novamente, e fita meus olhos. A Rubi está ao lado de sua criada, no centro de meu quarto.

— vejo que continua de gracinhas com suas.. criadas. — diz.

— e onde está Arly? — pergunto.

— eu disse que ela poderia sair, preciso falar com você.

Rio sarcástico.

— e quem pensa que é para chegar mandando em meu quarto? e principalmente, entrando sem minha permissão? sabe, eu poderia estar... nu.

Ela bufa irritada.

— vá se vestir! — briga.

Sorrio.

— Claro, vampira, mas... se sua criada pode ficar, então chame a minha de volta. — digo.

Ela encara a serva, e manda que a garota saia. Em silêncio, ela deixa o quarto, e Angel me encara impaciente, tentando não vagar o olhar por meu corpo novamente. Satisfeito, vou até o closet. Pego a peça que Arly havia preparado e visto o traje.

Quedas de Cristal: DinastiaOnde histórias criam vida. Descubra agora