jogo de cartas

1.1K 97 236
                                    

•

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Após a verificação de todo carregamento que chegou, ele saiu da casa que mantinha como escritório para guardar todas as anotações importantes do tráfico.

Para se lidar com o crime precisa ter inteligência.

Lidar com números, entender o que compensa e o que não vale a pena, negociar de forma firme sem medo de peitar ninguém, muito menos a polícia.

Essa raça nojenta, podre, e mais suja do que todo o seu carregamento de metanfetamina. Uma vez seu pai lhe disse que polícia é a corrupção vestindo farda, e ele tinha razão.

Quando saiu pelo portão de aço a prova de balas avistou seu braço direito e o esquerdo de papinho.

Os dois com a metralhadora pendurada no pescoço, o cigarro na boca e os olhos na bunda das novinhas da comunidade que passavam.

- Vida boa do caralho que vocês tem. - soltou alto e se aproximou deles.

- Não é culpa nossa que você é o fodão e ninguém tem culhão pra invadir a sua favela. - Moura soltou dando risada.

- Fala tu, Nero. Tá ligado que não tem operação, não tem troca de tiro, não tem porra nenhuma pra fazer. Só acho que esse título de imbatível que te dão deixa tudo muito calmo pra nós. - Ota emendou, rindo de lado.

Ele tirou o cigarro da boca do amigo e pôs na própria, deu um trago e soltou a fumaça pro alto. Olhou a sua volta.. As pessoas andando para lá e para cá, crianças correndo e brincando na rua.

- Tão achando ruim a tranquilidade? Se quiser levar um tiro na perna me fala. Eu mesmo atiro. - ele disse com humor, devolvendo o cigarro.

- Tá tudo sob controle, chefia. Já rodei lá embaixo e o movimento na boca tá só o fervo. Cheio de patricinha e mauricinho comprando maconha. - Ota deu o papo.

Era algo rotineiro e comum. Essas pessoas com vida boa viviam subindo morro pra descolar maconha da boa, até mesmo para frequentar os bailes que tinham toda sexta.

- Qualquer coisa passa o rádio. Vou subir. - ele andou até a sua kawasaki ninja 300.

- Vai na paz. Tá tudo na maciota.

O ronco da moto atrai bastante olhares, mas o dono do morro pilotando a moto atrai mil vezes mais.

Acelerou subindo ainda mais até a sua casa que ficava na parte mais alta da favela. Parecia uma fortaleza, o portão também era a prova de balas, haviam sempre dois ou até três ali na frente fazendo a escolta armados até os dentes e cheios de vontade de mandar bala.

criminal | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora