Ele escorregou a mão grande e cheia de veias alteradas pela curva do quadril dela até descansar em cima da sua lombar, a loira sorriu de olhos fechados completamente cansada depois de tanto movimentar o corpo.Estavam de conchinha na cama deles. Lá fora a festa continuava bem mais calma que antes, mas o som da música ainda conseguia chegar dentro do quarto devido as janelas abertas.
— Saudade disso. – ele sussurrou rouco enfiando o rosto no vão do pescoço feminino. Raspou a barba ali fazendo ela se encolher e se arrepiar por inteira.
— Eu também. Você me deixou na seca por semanas.
Alexandre não aguentou e deu risada. Virou a mulher de frente para olhar em seus olhos, percebeu um bico lindo em seu lábio avermelhado.
— Eu tava muito puto com você, mas agora eu confesso que foder com uma delegada é incomparável mesmo. Vamos cessar fogo na guerra pra poder fazer o nosso fogo na cama sempre que você quiser. – ele beijou a boca dela abafando as risadas que a loira soltava.
Giovanna parou por um segundo encarando os olhos dele. Respirou fundo tomando coragem.
— Eu realmente falei sério sobre te amar com todos os seus defeitos. Não posso negar que me incomoda muito pensar que você resolveu me dar o troco ficando com as outras mulheres...
— Pode parando de falar.
Alexandre se apoiou na cabeceira acolchoada da cama, o peitoral suado e marcado por unhas chamava atenção.
— Eu não fiquei com ninguém nesses dias. Eu senti que você merecia sofrer pelo menos metade do que eu tava passando, mas eu não conseguiria transar com outra.
Giovanna também se sentou jogando os fios loiros para o lado, um dos seios completamente cobertos e o outro exposto para ele. Em volta do bico esticado pelas várias vezes em que ele chupou e puxou com os dentes estava completamente vermelho, tinha marcas de mordidas.
— Você só aparecia de manhã em casa.
— Sim, eu queria ficar longe de você pra te fazer pensar que eu tava traindo, mas eu nem fui capaz de tentar pra você ter noção do quanto me transformou num homem que eu nunca consegui ser. Eu nunca nem tentei ser um cara fiel, Giovanna. Você sabia, você me conheceu antes de você e sabe a diferença. Eu pensava em você o dia e a noite inteira, mesmo que fosse pra te xingar e desejar as piores coisas eu só tinha você na minha mente.
Ela se odiava por acreditar nele.
— Se não conseguir confiar na minha palavra você pode perguntar aos caras. Eu tava sempre com eles, as vezes a gente virava a noite bebendo.
— Eles sabem que eu sou delegada?
— Não. Eu não quis contar porque esse tipo de traição é muito grave dentro de uma favela, e eu não permito que ninguém te maltrate. Só inventei qualquer merda sobre um desentendimento nosso e eles fingiram demência.
— Por que fez tudo isso pra me proteger se eu tava todo esse tempo aqui infiltrada? – ela foi delicada, não queria ficar jogando na cara dele toda hora.
— Giovanna a questão é que saber de toda a operação não apagou em nada tudo que a gente viveu junto e que eu sei que foi de verdade. Eu tava aqui, eu vivi junto com você. Eu te odiei te amando, mas sabia que assim que outras pessoas soubessem a verdade você correria o maior perigo da sua vida. Eles iam tentar matar você só pra me vingar.
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