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Era uma terça-feira chuvosa na cidade maravilhosa. Haviam se passado uma semana desde a última vez em que colocou seus pés no território do todo poderoso.
Sua missão nunca foi correr para conseguir seus objetivos, e sim caminhar lentamente até o clímax dessa história.
Giovanna mantinha sua amizade com as meninas ainda mais forte, se encontravam todas as manhãs para ir até a academia que malhavam juntas.
Todos os dias a irmã de Alexandre insistia em mandar um recado que o traficante pedia, todo dia tinha uma cantada diferente que as faziam rir do jeito canalha apaixonado.
Ela proibiu que as meninas passassem o seu telefone pra ele, fazia parte do jogo deixá-lo assim nessa pilha toda. É essencial essa sua distância do morro, só assim para que ele dê valor a alguma coisa que não gire em torno dele.
Após a academia preguiçosa daquela manhã, a loira teve uma reunião com os envolvidos da investigação para saber sobre uma carga que Alexandre receberia em cerca de quinze dias direto da Alemanha.
Até lá ela precisaria estar mais íntima dele.
Almoçou um macarrão com frango que se aventurou na cozinha do apartamento para fazer e ficou uma delícia.
Após a refeição ela tomou um banho quente, vestiu um moletom daqueles típicos de dias chuvosos e se jogou no sofá da sala para assistir alguma série nova.
Dormiu sem perceber, mas acordou no meio da tarde com o barulho alto do relâmpago, a chuva estava forte.
Decidiu fazer uma pipoca e um brigadeiro de colher para foder de vez com a sua dieta. Ao menos não deixou de ir na academia, - ela pensou.
Concentrada demais em não deixar o brigadeiro grudar no fundo da panela, ela escutou o toque do celular.
Um número desconhecido.
Sem desligar o fogo ela se aproximou do balcão de mármore e atendeu no viva voz. Logo uma voz bem rouca falou, ela conhecia bem aquela voz.
- Gio? - ele chamou, e ela se arrepiou.
Maldito frio dessa cidade.
- Quem é que tá falando? - se fez de boba, e escutou o som baixo da risada dele.
- Você sabe muito bem quem está falando, loira.