a dama e o vagabundo

758 83 77
                                    


Todos assistiam a cena como se fosse final de novela do horário nobre. Alexandre segurava a loira pela bunda e beijava sua boca como um homem sem água no deserto, ela ria enquanto o agarrava pelo pescoço.

— Eu pensei que nunca mais ia te ver de novo... Idiota. – acertou um tapa no braço dele.

Afastou o cabelo do rosto quando ficou de pé outra vez.

— Eu te avisei que era cadeia ou morte e você não me escutou. Que raiva de você. – ela voltou a bater nele.

Otaviano e Wagner seguravam o riso, mas os outros ainda não entendiam absolutamente nada. Como ele estava tratando a mulher que o enganou assim?

— Ei, chega. Para de me bater, linda. – ele se esquivava, e aquilo era irônico porque ele estava simplesmente com uma arma na mão.

Mas apanhava de sua mulher.

— Que ódio de você. Eu fiz coisas que jamais faria, eu..

Um olhar fala mais do que milhares de palavras. Eles se olharam intensamente, muita coisa foi dita naquele jogo de olhar.

— Sai todo mundo daqui, quero ficar sozinho com ela.

Eles obedeceram obviamente.

Giovanna cruzou os seus braços e se apoiou na mesa esperando ouvir o que ele queria dizer, porque ela sabia que ele tinha algo a dizer.

— Eu fodi com a sua vida, né. – ele sussurrou, o olhar cabisbaixo.

— Quem decidiu escolher você ao invés de toda a corja da polícia pela qual eu dei a minha vida por anos e me enganou todo esse tempo, foi eu. Sua única culpa em tudo isso foi me deixar apaixonada.

— Mas agora você se afundou junto comigo. Eu arrastei você pra essa minha vida de merda. Eles não vão parar até encontrar você, Giovanna.

Era a única coisa que parecia incomoda-lo de verdade.

Estava mais do que nítido que toda a sua preocupação era com ela e mais ninguém. Ana estava segura com o seu namorado, estava por dentro de tudo.

Ele fez certo quando manteve um de seus homens monitorando ela de longe na viagem. Em alguns dias ela estaria de volta.

— Alexandre você saiu de uma situação de tortura e tá se preocupando comigo? Eu quase morri imaginando tudo que estavam fazendo com você. – ela tocou o rosto dele, passou os dedos pelo corte em sua boca.

Ele pegou a mão dela beijando com os olhos fechados.

— Te machucaram muito? – a carinha dela estava muito linda, toda preocupada.

— Sim. Machucaram quando me tiraram você.

Alexandre a trouxe para perto pela cintura, tocou seus narizes sentindo o cheiro que só ela tinha. Ele poderia estar numa sala lotada de perfumes que o dela sempre seria o único.

Você sabe que não foi isso que eu perguntei. – sorriu leve, enquanto brincava com os fios grisalhos dele.

— Não foi nada que eu não pudesse suportar. Mas sabe o que eu não suporto? Mexerem com você.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 23 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

criminal | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora