chuva de bala

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O olhar dele era enraivecido, duro.

Quando ela percebeu, ele já estava na sua frente.

- Que porra você está fazendo aqui, Giovanna? - ele berrou de forma agressiva.

A loira estava paralisada. Tentou falar, mas sua voz não quis sair, seu corpo estava na inércia e sua mente não processou as palavras duras saindo da boca dele.

- O-o que você estava fazendo? Que tipo de pessoa faz uma coisa assim? - ela conseguiu perguntar num tom quase que inaudível.

Certamente aquele homem extremamente machucado sentado naquela cadeira não merecia a sua piedade, ela já imaginava o que poderia ter causado tamanha fúria e revolta, mas o problema de tudo aquilo era a imagem de Alexandre completamente diferente do que ela estava se acostumando a ter todos os dias ao seu lado.

- Ga, não chora. - ele suavizou a voz e tentou abraçar o corpo da loira, mas ela deu vários passos para trás.

Nem tinha percebido que as lágrimas desciam por seu rosto de forma intensa. Só queria sair correndo dali pra bem longe de missão, morro, e tudo que envolvia ter sua vida atrelada ao homem parado a sua frente.

Ela virou as costas e devagar começou a dar passos para sair daquele lugar, pôde escutar a voz dele dizendo que o serviço poderia ser terminado. Quando pensou que não, ele já estava segurando o seu braço do lado de fora.

- Me solta. Não encosta em mim. - ela disse alterada.

- Ga, não era pra você ter visto isso. Fica calma, olha no meu olho. - ele tentou mais uma vez, não parecia mais o homem violento de segundos atrás.

- Como eu vou me acalmar com a cena que eu vi ali dentro, Alexandre? Você estava arrancando os dedos daquele homem. Meu Deus, eu quero vomitar.

Ela andava de uma lado para o outro tentando ficar o mais longe possível dele. Queria saber como raciocinar para sair daquele lugar e nunca mais aparecer de novo.

- Se eu estava fazendo aquilo, foi porque aquele verme mereceu. Eu falei pra você que teria que fazer coisas e que usaria o meu pior lado, eu te avisei. - ele disse sem tirar os olhos dela.

Giovanna se irritou ainda mais.

- E quem é você pra dizer o que ele merece ou não? Virou justiceiro agora?

- Dentro da minha favela sim. Aqui quem decide sou eu e você foi avisada sobre isso. - ele respirou fundo, com a adrenalina a mil por hora.

criminal | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora