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Um mês se passou.Giovanna passou a maior parte desse tempo junto das meninas. Quando não era na praia, estavam no salão de beleza, no shopping e até em baladas.
Viraram um quarteto para ninguém colocar defeito. Elas tinham uma personalidade muito fácil de gostar, fácil de criar intimidade suficiente para conseguir se aproximar do seu verdadeiro alvo.
Apesar de ser tudo parte de uma operação, a loira gostou de verdade das meninas, principalmente de Ana. Ela era doce, gentil, bem educada e super inteligente.
Em uma das noites que acabaram por pedir japonês no apartamento de Giovanna, Ana decidiu abrir o jogo.
Contou que morava no alemão e que seu irmão comandava o morro. Giovanna fez um ótimo papel em fingir que não entendia o que isso significava, afinal ela contou que veio de fora do país.
Ana explicou que o comando da favela ficava por conta dele, que a lei lá em cima era única e exclusiva dele.
Estavam saindo do salão e as meninas tentavam a todo custo fazer com que Giovanna topasse ir pela primeira vez no morro.
- Por favor. Você não vai fazer essa desfeita comigo, vai? - Flávia fez a sua cara de brava.
Giovanna lhe lançou um olhar de dúvida, mordeu os lábios e pendeu a cabeça para o lado.
- Flavinha, eu amo você. Mas.. Não sei se consigo subir nesse morro. Não sei se vou me sentir bem com armas perto de mim. - ela cruzou os braços em frente ao corpo.
Estavam paradas em frente à sorveteria favorita de Ana e Alessandra. As duas estavam comprando, enquanto as loiras conversavam.
- Eu sei que parece perigoso, mas eu jamais te colocaria em risco. Você não aceitou ir em nenhum baile que teve e a gente te respeitou, mas é o meu aniversário. - ela diz com um bico maior que tudo na cara.
Giovanna negou todos os convites que elas fizeram para subir no alemão, seja para baile ou para simplesmente ir na casa de Ana tomar banho de piscina. Precisava fingir que não estava acostumada com esses ambientes.
- Tá bem.. Eu vou. - ela sussurrou revirando os olhos.
Alessandra e Ana chegaram perto com seus sorvetes bem na hora da comemoração.
- Ela vai. Eu convenci. Nem acredito.
- Até que enfim vai conhecer o Alemão, amiga. Você vai adorar, nem vai querer sair mais de lá. - Alessandra lhe disse comendo seu sorvete.