pobre bandido

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Após ler todo o e-mail que recebeu do secretário de segurança do estado, ela se arrumou para sair.

Por ser domingo, o fórum estaria fechado e a reunião foi marcada lá. Mesmo não tendo quase nada para dizer pra eles, ela pegou um táxi na frente do prédio com os olhos atentos no pouquíssimo movimento do calçadão.

Não demorou nada para estar cruzando as portas altas de madeira, dando de cara com duas mulheres de costas sentadas conversando com o secretário.

- Giovanna que bom que chegou. Estávamos ansiosos pra te encontrar finalmente depois do fim de semana.

Ela passou os olhos pelas mulheres e reconheceu que uma delas era Maria Vitória Nolasco.

Não se gostavam desde que fizeram o treinamento da polícia juntas, e isso sempre foi notório para qualquer um que estivesse junto delas.

- Boa tarde. - ela cumprimentou séria, seu olhar varreu a sala inteira com certo desdém. - Qual a razão pra essa plateia aqui hoje?

Deixou a bolsa em cima da mesa grande e cruzou os seus braços abaixo do peito. Vestia uma roupa preta dos pés a cabeça, contrastando com o cabelo loiro.

- Quanto tempo, antonelli. O loiro te cai bem, sabia?

Ela revirou os olhos antes de focar na figura baixa e morena ao seu lado. Queria entender o que aquela meio metro estava fazendo na sua operação.

- Nolasco.. Surpresa te ver por aqui. - sorriu falsamente.

Um pigarro foi ouvido e o secretário se aproximou delas ficando no meio, buscando a atenção para si mesmo.

- Ela veio nos ajudar. Na verdade, a infiltrada seria ela antes de termos a certeza que você toparia.

Giovanna soltou um riso baixo, contrariado.

- E ela veio aqui reivindicar seus direitos?

- Não não.. Eu vim pra te ajudar. Já sei que você está fazendo seu papel muito bem com o dono do morro, mas no momento que você falhar... Eu vou estar aqui.

A loira franziu o cenho incapaz de acreditar nas palavras que estava escutando daquela mulher arrogante.

- Do que ela esta falando?

O homem coçou a barba incomodado.

- O plano vai continuar sendo o mesmo, Gio. Ela só vai se envolver se algo sério acontecer, algo que fuja do que é aceitável nos nossos termos. - ele explicou, com os olhos de quem estava com medo de falar demais.

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