pior lado

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Nem as pessoas mais sábias do mundo conseguiriam explicar o poder que ela tinha de tê-lo ao seu mero dispor.

Sim, ele sabia que estava completamente fodido.

Porque se o dissessem que ele deixaria todas as suas obrigações para trás com um simples pedido dela ao pé de seu ouvido, ele não acreditaria.

Mas foi o que aconteceu naquela tarde chuvosa.

Ela o convenceu com sua lábia, sua voz rouca e o seu charme delicioso para que assistissem um filme depois do almoço. Fizeram uma bela bagunça de cobertores e travesseiros na sala. Ana desistiu da ideia de sair e se juntou a eles com um balde de pipoca.

Em algum momento ela cochilou, porque se tinha uma coisa que ele havia percebido desde a primeira vez que "assistiram" na casa dela, foi que a loira pegava no sono com muita facilidade.

Perdeu alguns minutos olhando pra ela deitada no sofá com os pés por cima de suas pernas. Sentiu seu coração acelerar de uma maneira que nunca sentiu antes, e teve medo de amá-la. Medo de perdê-la.

Porque isso é um fato. Não adianta nada você amar uma pessoa, já que no fim das contas você vai perdê-la de um jeito ou de outro. É uma certeza.

Ele esqueceu o filme completamente, sua mente abriu espaço para vários pensamentos.

Mais tarde naquela mesma noite, a chuva era tão forte que faltou energia no morro todo. Giovanna se recusou a tomar banho frio e esquentou sua água no fogão, motivo que fez os irmãos pegarem no pé dela.

- Toda madame, toda na pose, mas esquenta água no fogo pra tomar banho. - ele a pegou por trás, cheirou seu pescoço com aroma de avelã do sabonete.

Alexandre também já estava banhado e com um short de algodão molinho, sem cueca. É bom dar destaque a essa informação.

O quarto estava repleto de velas aromáticas que Ana tinha guardado porque a previsão para a volta da luz era só no dia seguinte de manhã.

- Eu sei que você gosta desse meu jeitinho, admite.

Alexandre a olhou através do espelho. Ela estava com vários cremes espalhados no balcão da suíte para a sua skin care noturna. Usava um pijama de seda branco, tecido mole e gostoso de pegar.

- Tá falando que eu gosto de patricinha, cheia de frescurinha? - fez uma careta de desgosto. - Você tá enganada, nunca gostei. Mas tudo em você tem me fascinado.

Ela soltou o tubo de creme e se virou pra ele, olhos nos olhos. O abraçou pelo pescoço e respirou fundo antes de dizer a verdade.

- Eu também nunca gostei de caras como você, mas acho que estar vivendo essa experiência pela primeira vez tem me feito bem.. To gostando da nossa relação. - ela riu ao vê-lo tentando manter a pose, mas querendo derreter com um sorriso de lado.

criminal | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora