ARCO 5 (2/4) - Senhorita

36 8 8
                                    

!ATENÇÃO!
ESSE CAPITULO CONTÉM CENAS +18, SE NÃO SE SENTE CONFORTÁVEL, POR FAVOR PULE A CENA SEPARADA PELA SEGUNDA RETICÊNCIA.
TAMBÉM TEM DESCRIÇÕES E MENÇÕES A TENTATIVAS DE SUICÍDIO, SE O ASSUNTO PUDER SE TORNAR UM GATILHO, SUGIRO PULAR A ÚLTIMA CENA.

Dito isso, boa leitura!
Sim sim! Eu sei que já passou do horário, mas consegui parar literalmente só agora... Peço perdão e espero que gostem.
Ótima madrugadaaaa!

...

Tem uma faca enfiada em meu estômago, sangue por todos os lados. Dói como o inferno, mas é ainda mais desesperador.

— Faça algo, ou morra tentando! — É a última coisa que eu ouço antes de abrir meus olhos.

É manhã, estou no quarto de Hongjoong, na cama de Hongjoong, e é tranquilizante apesar de eu saber que ele não está aqui.

Exatamente porque não quero atrapalhar ninguém, que mesmo tendo a certeza de que o corpo ao meu lado não é o dele, eu volto a fechar meus olhos quando todo o quarto parece gritar por um momento.

Eu tento me manter firme e em silêncio, apesar de minha própria respiração desregulada, e sinto que consigo manter a quietude. Mas apenas até me dar conta de que não sou eu mesmo quem acaricio minhas costas.

— Isso mesmo. — Vem em um sussurro ainda arrastado pelo sono. — Respira fundo e devagar.

A voz, apesar de ainda meio entregue ao cansaço, é tão confortável quanto o gesto. Me faz choramingar, mesmo sem notar.

— Se sente mal? — Ele volta a perguntar e eu sigo o comando de suas mãos quando elas me seguram pelos ombros depois que ele tira minha cabeça de um de seus ombros, me ajudando a sentar no colchão.

Eu aperto meus olhos e resmungo, outra vez. Acariciando meu próprio estômago sobre minhas roupas.

— O que foi, hmm? — E sua mão, a que não retoma lugar ao acariciar minhas costas, se coloca sobre a minha e acaricia minha barriga junto a mim. — Consegue falar, agora?

— Estou enjoado. — Digo. — Muito... Droga...

— Ei... Tudo bem, am- Tudo bem, querido. — San suaviza ainda mais sua voz. — Acha que pode vomitar?

Eu nego com um gesto, segurando com mais força sua mão sobre a minha ao entrelaçar nossos dedos.

— Só preciso de um tempo. — Digo.

— Sonhou com sangue?

— Na mosca. — Brinco e ele ri um pouco.

Ele se escora na cabeceira, passando uma de suas pernas para o outro lado de meu corpo enquanto me puxa para deitar contra seu dorso.

— Por que você tem sempre que me pegar nos meus piores momentos? — Eu pergunto, é como uma reclamação, enquanto me aconchego melhor. Respiro fundo quando encontro uma posição confortável.

— Eu me orgulho muito, de te encontrar sempre nos seus momentos. — Ele diz, agora acariciando os lados de meus braços.

— Me perdoe por te acordar. Sei que ficou até tarde me ensinando a vigiar na torre, ontem à noite. Ficou até depois do seu horário, eu sinto muito por isso, também.

— Se não parar de se desculpar, eu posso ficar com raiva de você.

— Você não tem capacidade suficiente pra fazer isso.

— Me conhece tão bem.

Nós rimos.

— No início eu pensei que sim. — Digo, finalmente abrindo meus olhos. Vejo como suas mãos param por um tempo, ante minha confissão. — No início, eu pensei que você me odiava.

Estandarte de Jade |• ATZ (Poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora