ARCO 6 (3/4) - Direitos da juventude

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Depois de muita espera (peço perdão por isso, novamente) segue o novo cap!Espero que se divirtam!!

...

Demora um pouco para me situar, mas eu finalmente reajo.

Seguro seu punho, com tanta força quanto sou capaz, e o empurro para longe. Meus olhos devem mostrar o quanto me sinto traído, porque sua mão se apressa ainda mais a tampar minha boca outra vez.

— Fica quieto! — ele retém o grito um sussurro.

— O que tá fazendo?! Me solta! Hyunsuk!

— Shh... Não fala meu nome. Não fala o nome de ninguém, agora. Ninguém pode te ouvir.

Sinto meus olhos arderem.

Se ninguém pode me ouvir, então meu fim é certo. Mas a esperança de que Jongho e sua audição incrível me ouçam me faz insistir. Eu seguro seu punho outra vez, com as duas mãos, e vejo o desespero em seus olhos quando Narae finalmente toma algo como errado na situação – rodando em nossa direção.

— Socorro! — Eu consigo gritar, meio abafado por seus dedos. — Jongho! Socorro!

— Não seja idiota! — ele me repreende.

— Eu não pretendo morrer hoje!

— Então cala a porra da sua boca, moço de Jade! Eu não sabia que a ronda estaria aqui agora, mas tem guardas há duas árvores de distância!

Espera... Ele estava tentando nos esconder?

— Você tampou minha boca... Para fugirmos dos guardas? Você é idiota, Hyunsuk?! Eu pensei que fosse me matar!

— Eu vou expressar minha indignação por sua falta de confiança assim que nos livrarmos daquilo, okay? — Então, ele aponta para além da camada um tanto densa de mata congelada.

Dois guardas estão caminhando em nossa direção. Os olhares atentos e as mãos firmes no par de armas em suas cinturas.

— Merda... Narae, quieto! — eu interrompo quando o cão está prestes a latir.

— Merda... Merda... Merda! O que eu faço, agora? — Hyunsuk parece a ponto de arrancar seus cabelos, os dedos mergulhados entre os fios, os puxando para todos os lados.

É quando a primeira pedrinha o acerta em cheio no antebraço.

— Mas o quê? — Eu me viro para o lado de onde veio o projétil, tentando forçar minha vista o suficiente para quem sabe enxergar seu atirador.

O quanto eu falho em entrar enxergar algo, porém, Hyunsuk consegue ver de imediato.

— Jihoon! — O nome vem em um suspiro aliviado de sua parte.

— Mostra ele! — O tal Jihoon diz, baixinho mas cortante e super decidido.

Eu nego uma porção de vezes sua decisão.

— A solução é me entregar pra livrar a sua? — Pergunto a Hyunsuk, agora mesmo meu tom de voz mostra o quanto me sinto traído.

— Jihoon! Qual é o seu problema?! — Hyunsuk parece tão perdido quanto eu.

— Eu disse pra mostrar! Não pra entregar ele, idiota! Veja as roupas dele, hyung!

Eu olho para meu próprio corpo. Para o casaco pesado em um tom escuro de azul. Botões gastos em uma linha perfeitamente bem mantida, o espaçamento entre as pecinhas milimetricamente medido. As cordas que pendem dos ombros, em seu tom amarelo brilhante, quase cintilam aqui na falta de luz.

Estandarte de Jade |• ATZ (Poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora