ARCO 2 (5/5) - Todas as estrelas

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- ARCO 2 - • PARTE 5 - TODAS AS ESTRELAS •

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- ARCO 2 -
• PARTE 5 - TODAS AS ESTRELAS •

Eu preciso prender meu fôlego.

Era lindo à distância, mas quando estamos perto o suficiente para ver, é deslumbrante. Eu nunca vi uma plantação tão vasta. Nunca vi uma plantação.

São ramos enfileirados, corredores se estendem entre um lado e outro repletos de vários tipos de grãos e folhas, pessoas se espalham entre elas vestidas com o mesmo tipo de roupas de mangas e calças cumpridas que eu, Yeonsang e Hongjoong usamos, além de botas, luvas e máscaras. A terra ali é úmida, mas os equipamentos usados para irrigação tem a estrutura bem parecida com a da casa de máquinas próxima à costa.

— Eles usam a água intoxicada para o plantio? — Pergunto baixinho, para mim mesmo.

Mais próximo de onde estamos, tem uma construção pequena de madeira. Um calor extremo se estende, vindo do lado contrário do lugar. As crianças me soltam aqui, se dispersam em um dos cômodos do lugar apertado para vestir roupas como as nossas, Hongjoong as segue e volta um tempo depois com um par de botas, luvas e máscaras que entrega a mim e Yeonsang - depois de já ter se equipado com os seus equipamentos de segurança.

Depois de vestir os meus, preciso dar ouvidos à minha curiosidade e dar a volta na construção. A fonte do calor, vejo, é uma fogueira grande ladeada por duas hastes de ferro onde são encaixados as abas de uma panela bem grande. O fundo da panela está um tanto avermelhado, brilhante pela ação do fogo, e ali dentro estão uma porção de grãos que são constantemente misturados por um homem com uma colher cumprida de ferro.

— Moço... — Uma das crianças puxa minhas roupas, como a menina mais nova fez às roupas de Yeonsang mais cedo. — Por que ele tá lavando a comida no calor? — Ela pergunta com um dos dedos na boca.

— Porra, é uma ótima pergunta. — Hongjoong diz, parando ao nosso lado e cruzando os braços ao erguer as sobrancelhas em um quase desafio em minha direção.

— Hongie! — Yeonsang o repreende pelo palavreado, mesmo à distância.

— O quê?! É sério! É uma boa pergunta. — Hongjoong limpa a garganta antes de admitir: — Eu realmente quero saber, também.

Eu o encaro, confuso.

— Você realmente não entende o motivo?

Ele nega, mas meu olhar persistente pede mais que um ato e ele entende isso.

— Acha que alguém aqui se preocupa com como as coisas funcionam? — Ele gesticula para que eu olhe em volta. — Eles não têm a educação que você teve no Norte, Seonghwa. Eles não se preocupam em entender a física das coisas, química por aqui é magia. Eu mesmo, nunca entendi o porquê das coisas, só sempre entendi a necessidade delas. Se eu sinto fome eu preciso comer, se preciso comer eu preciso de comida, se preciso de comida eu tenho que produzir pra me alimentar.

Estandarte de Jade |• ATZ (Poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora