''Do you get déjà vu when she's with you?''
''Do you get déjà vu?'' Hmm
''Do you get déjà vu?'' Hmm
FELIX_ON
Havia muitas pessoas na sala chorando, lamentando, se acabando.... e eu estava do lado de fora. Eu me RECUSO a ouvir minha irmã. Me recuso a acreditar que minha garota tinha ''morrido''. Eu sei que não, eu sinto. Ou talvez eu só queira enganar a si mesmo, mas não me importo. Pode se passar 365 dias e eu não vou acreditar que ela morreu, eu só vou acreditar no dia que eu estiver dormindo e eu ver ela em meus sonhos, tão linda, do jeito que as pessoas que perderam alguém vê elas. Eu estava andando pela rua, com praticamente um pijama, e a raiva fluindo por todas as veias. Eu não queria machucar S/n, eu estava por efeito da bebida. Sabe, já aconteceu algumas vezes antes, mas pensei que iria acabar. Quando eu estou bêbado, falo frequentemente de Cho. Mas não é por que ainda a amo e demorei anos para superá-la, pelo contrário. Eu já fui a diversas terapias, psicólogos e apenas um deles concretiza minha teoria.
Um dos psicólogos disse que isso é envolvido em muitos traumas e mecanismo de defesa. Quando estou sóbrio, normalmente nunca nem ouso falar o nome daquela garota, e se falo, sempre acabo chorando nos braços de alguém. O fato de o como doeu ser machucado e no como é difícil se permitir amar outra pessoa e ser amado, já que vivemos com medo do amor, me faz nunca falar dela por não conseguir aceitar o que eu era no passado e no que ACONTECEU nele, não consigo me abrir pra quase ninguém. Agora bêbado, todos acham que a forma que me comporto diz que ainda a amo, mas não tem nada haver com amor, são apenas meu passado me chamando de volta e não querendo aceitar a realidade. Então se não consigo falar dela sóbrio, bêbado eu consigo realmente contar tudo o que passei e no como doeu. Mas acontece que eu tinha acabado de confundir a garota que eu amo de verdade, a garota que eu não machucaria nem em outra vida se tivesse escolha, sair machucada. Eu tinha acabado de confundi-la com o pior monstro da terra, e para mim isso era tão imperdoável.
Eu não ando muito longe, apenas do jardim para perto de uma conveniência, na qual eu entro. Se não fazer nada, minha raiva vai acabar extravasando e eu vou machucar mais e mais gente inocente. Tentando pensar que minha garota estava perfeitamente bem e que depois conversaríamos, pego um bolinho de arroz que estava na geladeira do local, e me dirijo até o caixa. Tem uma garota que estava na minha frente, e que parecia querer passar o dia ali, obviamente dando em cima do caixa. Enquanto ele passava suas coisas, ela enrolava seus cabelos negros em seu dedo e parecia o olhar fixamente. Estranho. Acho que já vi esse gesto em algum lugar, será que S/n enrola o cabelo no dedo também? Nem consigo lembrar.
Após uns cinco minutos, as compras da garota já haviam sido passadas faz tempo e ela continuava parada como uma tonta. Eu realmente queria ir embora, então de forma meio brusca eu coloco a mão em seu ombro e digo com meu tom de voz costumeiro.
- Licença.- Digo a garota que imediatamente me olha e... aqueles olhos... aquele nariz... aquela...aquela boca...
- Felix! É você!- Ver aquele rosto novamente, aquele rosto que eu conhecia tão bem, que eu amei por tanto tempo, me fez largar a sacola de minhas mãos. Não não podia ser... Aquela não podia ser Cho... não podia e não é, devo ter me confundido...
- Eu esperei você por tanto tempo!- Ela me abraça e eu fico completamente imóvel, com a respiração pesada, até que após uns segundos ela se afasta.- Aí credo! Quem deixou você pintar o cabelo de azul? Ficou horrível! Quando você estava comigo era totalmente...
- Vai. Embora.- Digo com a voz tão rouca e um nó tão grande na garganta que parecia doer e sangrar. O caixa nos olhava empolgado, e eu estava simplesmente morrendo de medo. Eu me afasto da garoto como se ela fosse algo extremamente perigoso, e evito minhas lágrimas numa batalha tão dolorosa. As lembranças me atingiam com tanta força...
- Qual é meu Lix. Vai dizer que ainda não tá apaixonado por mim? Ficou chateadinho por eu ter tentando ficar com seu amiguinho? Ou por ter te julgado por não querer fazer sexo comigo? Aquilo tudo era brincadeira meu lindinho. Você podia volta para mim não é? Os meninos que eu fico são um saco, e seus sedativos estão guardadinhos até hoje...
- VAI. EMBORA. NÃO ME OUVIU?- A força que as palavras saem da minha boca, é a mesma na qual minha lágrimas se soltam, finalmente livres. Tudo que eu guardei sozinho por tanto tempo, que eu protegi com sete chaves, estava desabando e caindo aos poucos.
- Eu NUNCA voltaria pra você. O jeito que você me usava... não tem nojo de ser quem você é? Não tem vergonha na cara de pedir pra ficar com você depois de tudo o que você fez? Por favor Cho, você nem é tão burra assim. Aliás, depois que fui embora, como é joguinho quando não se tem bola? Como é se sentir vulnerável e a pessoa mais horrível do planeta? Como é saber que machucou tanto alguém que criou traumas e problemas psicológicos? Em, me conta, eu quero saber!- Falo para ela num tom tão arrogante e raivoso que vejo a garota recuar por segundos, mas por pouco tempo por que obviamente, ela não sairia com o orgulho ferido, isso nunca. Ela me dá um tapa na cara como ela fez tantas vezes, nem senti na verdade, apenas olhei ela com os olhos mais frios que poderiam existir.
- Haha, muito engraçado esse meu discurso. Mas responde uma coisinha pra mim também. Você acordava do lado de quem pela manhã? Você dava beijinhos pra quem antes de dormir? Você abraçava quem quase todo dia? Você deixava quem te dar sedativos? Ah Felix, você não me superou até hoje né, sejamos sinceros e...
- Você está errada.- Digo me aproximando dela para jogar tudo o que sempre quis na cara dela.- Sabe, eu encontrei um amor para mim. Uma garota doce e suave. E eu sempre soube que não era eu esperando por ela, e sim ela esperando por mim, para eu a amá-la mil vezes mais do que te amei. Se é que eu te amei de verdade algum dia. E eu não vou desistir dela nunca, mesmo com tantos obstáculos, por que o coração dela é tudo o que tenho. Tudo o que você nunca me deu. Ela é minha garota, minha história, você... tá mais pra bruxa cheia de problemas mentais mas que sempre se dá mal no final. E essa garota, é a mulher mais forte que qualquer uma, e ela compartilha seus sonhos comigo, enquanto eu quero compartilhar minha vida com ela. Eu não te amo Cho, você não me faz sentir nem metade do que eu sinto por minha garota, e mesmo você sempre me enchendo de traumas e problemas, eu não vou desistir. Não dessa vez.- Falo por fim a ela, que me olha com o queixo caído, e vejo raiva em seu olhar, mas dessa vez é eu que estou sorrindo.
Consegui falar para quem eu mais temia, tudo o que sinto. E mesmo que não mude nada, o peso em meu peito parece desaparecer quase imediatamente. Me sinto finalmente livre, como se soltassem cordas nas quais fiquei preso a vida toda. Como que automaticamente, eu me viro para ir embora, tentando encerrar o assunto, mas Cho me para.
- Aí que lindo... todo apaixonadinho... e você sente aquilo quando está com ela?- Pergunta Cho com a voz amarga e raivosa.
- Sente o que?- Pergunto confuso.
- Qual o nome mesmo... deja vu não é? Você sente deja vu quando está com ela? Todos os beijos que ela te dá, você lembra nos que eu te dei? Sempre que ela deita com você, você se lembra de mim ao seu lado? Você conta a ela as piadas que contei a você? Tadinha, deve estar machucando tanto ela Lee Felix...
- NÃO. Ele não tem.- Escuto a voz de longe, parece cansada, mas é inconfundível. No momento em que meu olhar encontra o de S/n, que parecia cansada mas mais viva do que nunca, eu vou abraça-lá tão forte como se fosse morrer se não fizesse isso. Choro um pouco nos braços dela, aliás ela era minha casa, isso eu podia fazer. A braço forte, como se ela realmente pudesse desaparecer dali. Tão linda e tão doce ela era...
- Tá sentindo agora Felix? O deja vu?....
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❙ ℬ𝗅𝗎𝖾𝖻𝖾𝗋𝗋𝗒𝗌 ▸ 𝗅𝖾𝖾 𝖿𝖾𝗅𝗂𝗑.
Teen Fiction⊹₊ ⋆ℬlueberrys🧸ྀི ╰┈➤ a 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅 fic! 𝑶𝒏𝒅𝒆 dois apaixonados descobrem que a magia é real e lutam contra sua 𝗶𝗻𝗰𝗼𝗺𝗽𝗮𝘁𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 '' nos conhecemos pelos blueberrys, terminaremos...