45| Brazil.

272 19 2
                                    

MANUELLA AMORIMRio de Janeiro, Brasil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MANUELLA AMORIM
Rio de Janeiro, Brasil.

O voo de nove horas foi mais agitado do que eu esperava.

Eu sabia que o nervoso de voltar para onde eu saí, para onde eu vivi, seria enorme. Mas o peso dessa viagem estava me deixando nervosa ao ponto de suar nas mãos.

Gavi passou as nove horas de voo me perguntando o que faríamos no Rio, e eu mantive calada, não queria dar spoiler da viagem. Queria algo especial.

Não havia comunicado a ninguém que conhecia aqui do Brasil que estava pisando em solo brasileiro, nem Luana nem Kira sabiam.

Queria fazer uma surpresa para elas, lembro até hoje na Copa de 2022 em Doha, quando elas foram para lá de surpresa, foi um dos melhores dias da minha vida. Então a ideia de fazer a mesma coisa surgiu sendo agradavelmente recebida.

Como eu não tinha um lugar específico para ficar, não tinha casa própria, e o único lugar que me passava na cabeça era a casa de Luana ou a de Kira, mas eu não podia pedir um favor desse sem consultar antes, portanto reservei uma diária em um hotel para mim e Gavi.

Até eu resolver pelo menos se tinha uma outra opção.

—Você vai trocar essa roupa.—Digo para Gavi que trajava uma calça moletom preta e uma camisa de manga branca.

—Porquê? Gosto desse conjunto.—Ele resmunga.

—Gavira, está 32 graus lá fora.

No hotel, paro para trocarmos nossas roupas de aeroporto, chegamos de manhã, tínhamos o dia inteiro para conhecermos mais do Rio.

Mas a primeira coisa que eu iria fazer seria com certeza ver Kira e Luana.

Troquei mensagens com elas normalmente durante o voo, com perguntas básicas como se eu não quisesse nada.

Sonsa? sim, mas é por uma boa causa.

Descobri que as duas iriam sair juntas hoje, para minha sorte. Luana e Kira iriam para um boteco onde haveria um show de samba e provavelmente beber uma Brahma.

Mal sabiam que eu ia chegar lá para recuperar o bronze que eu não pegava à meses.

Arrumei Gavi, passando um protetor solar em sua cara branca, sua pele de europeu não iria aguentar o sol do Brasil por dois dias. Agora ele vestia uma bermuda branca e uma camisa verde escura.

Eu resolvi ressuscitar as roupas que eu usava no Brasil, estava com saudades de usar minha camisa Cropped que ia até a barriga amarela com meu short de alfaiataria preto.

GOLDEN GIRL || PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora