47| The call.

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MANUELLA AMORIMRio de janeiro, Brasil

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MANUELLA AMORIM
Rio de janeiro, Brasil.

Minha cabeça girava, fui acordada com outra ligação do tal número insistente que persistia em me ligar durante a noite.

Gavi ainda permanecia dormindo agarrado em minha cintura, me estiquei para pegar meu celular atendendo pronta para mandar a operadora de Telemarketing para 'puta que pariu.

—Olha moça me desculpa, eu sei que é o seu trabalho mas-.—Sou interrompida pela voz familiar feminina no telefone que me faz congelar.

—Manu?.—A voz diz aflita e eu reconheci imediatamente o tom e o timbre da voz.

Mãe.

—Carla.—Digo seu nome em um tom baixo para não acordar o anjo do meu lado.

—Filha...É a mamãe...Carla- Você nunca me chama de Carla.—Ela suplica.

—Na verdade deve ser porque faz um bom tempo que a gente não se fala.—Digo ríspida e sinto um suspiro derrotado no outro lado da linha.—Trocou seu número? Tinha te bloqueado.

—Troquei...Filha temos que conversar, você está no Brasil e...E sinto que temos tanto a esclarecer!

—Temos? Acho que estamos bem assim sem contato, você e seu marido nojento vivendo sua vida de teatro de bonecos e eu aqui na minha feliz e em paz.

Sinto Gavi mexer ao meu lado acordado grogue.

—Quem é?—Ele sussurra e eu o olho preocupada.

—Manuella por favor! Eu sei que eu e seu pai erramos...Queremos te pedir perdão.—Ela suplica com um tom trêmulo.

Eu sabia que na minha mãe existia o mínimo de humanidade, não significava que eu a perdoava, porém com meu pai eu sabia que ele era um ser sem emoções, empatia e amor dentro de si, comprovado por ele mesmo quando ele me afastou de Gavi e foi na Espanha me caçar.

—Carla escute de uma vez, vou me encontrar com você, mas eu não quero Marcos nessa conversa, se eu ver que ele está com você eu juro que dou meia volta e esqueço que você existe.—A ameaço .

—Prometo...eu prometo! Podemos nos ver na Mureta da Urca...você adorava aquele lugar.

—Tanto faz. As 14.—Eu digo e desligo o telefone.

—Era a sua mãe?—Gavi pergunta hesitante me abraçando.

Tudo o que eu tinha segurado para não chorar naquela ligação, veio com tudo quando Gavi me abraçou, era difícil ser forte ao lado dele, eu me sentia vulnerável, mas não insegura. Apenas como se eu não precisasse esconder nada dele, e honestamente eu nem queria.

GOLDEN GIRL || PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora