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Perdoem a demora! Eu tô andando com a cabeça nas nuvens.

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A consulta de Pohn com a doutora Rasamee e outros dois médicos oncologistas para uma avaliação geral foi tranquilizadora. Mon sentia-se bem mais aliviada em saber que após um breve tratamento, iriam operar sua mãe e retirar o tumor por completo e, usando de seus privilégios como namorada de Sam, Mon pediu a doutora para assistir a cirurgia que provavelmente ocorreria dali a alguns meses.

_Péssima ideia. -Sam disse negando com a cabeça quando foi informada pela doutora Rasamee do pedido ainda na segunda feira. _Ela pode desmaiar ou sei lá o que.

_Ela não desmaiou assistindo a cirurgia da minha nora, além do fato de que eu já autorizei. Ela vai assistir junto com os outros residentes. -A mulher disse sem esboçar qualquer outra coisa além de autoridade.

Sam ergueu os braços ao se dar por vencida e ao ir até o colégio buscar Mon, sentou-se no refeitório com ela para conversar sobre isso.

_Vão abrir sua mãe, você tem certeza de que quer ver isso? -Perguntou diante dos olhos curiosos dos amigos da líder de torcida.

_Certeza absoluta. -Mon disse e olhou para Gyoza. _Tem certeza de que não quer ver?

_Sim. Não quero. Prefiro me resguardar para a hora certa. -Gyoza sorriu em agradecimento.

_Você tem nosso apoio, mas isso é maluquice. -Dawan falou encarando Mon de canto.

_Não é não. Preciso encara as coisas como elas são. -Mon olhou para Sam. _Podemos ir? Tem outro assunto sobre o qual quero conversar com você.

Sam assentiu, as duas se despediram dos garotos e foram em direção ao Porsche de Sam. Dentro do veículo, Mon olhou bem para a namorada.

_Vou começar a mapear todas as cirurgias possíveis, irei assistir todas que eu puder e adiantar meus anos na faculdade. -Mon estava determinada.

_Pular etapas, você quer dizer. -Sam ligou o carro. _Sou contra isso, Mon. Você está no último ano, devia estar pensando nas provas finais e em baile de formatura.

_Eu nunca liguei pra isso e além do mais, na minha formatura eu só quero um presente.

_O que? -Sam franziu o cenho ao arrancar o carro.

_Você. Quero dançar com você no baile e depois quero que você me leve para casa e faça amor comigo. É só o que eu quero. -Mon tinha os olhos brilhando como se estivessem encarando uma esfera espelhada que refletia seus sentimentos. _Eu só preciso de você comigo.

_Eu estou com você. Sempre. -Sam tocou a mão da namorada rapidamente e voltou a se concentrar no trânsito.

O silêncio entre elas foi confortável até Sam parar em frente ao hospital. Mon a olhou sem entender e depois de uma breve explicação, as duas desceram juntas e rumaram em direção à sala de descanso.

_Com licença. -Sam abriu a porta e viu a mãe junto de uma médica da emergência estudando um caso no tablet.

_Tudo bem? Oi, Mon. -Phailin a cumprimentou rapidamente.

_Tudo bem, mãe. Só quero... isso. -Sam pegou um notebook maior que o dela e abriu. _Você quer se destacar, não é?-Falou com Mon assumindo uma postura mais séria.

_Claro. -Mon a encarou desafiadora.

As duas foram se sentar no outro lado da sala, no sofá de dois lugares. Sam abriu um vídeo de um procedimento cirúrgico e colocou o notebook no colo de Mon.

A quinta garota | MONSAMOnde histórias criam vida. Descubra agora