Casamento e acidente

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Tô aqui para a alegria de vocês

Espero que gostem, boa leitura!!

🕺🏻

Não sei se devo ir. – Fiz uma careta enquanto olhava minha roupa esticada em cima da cama. — Não vai ser estranho?

E por que seria? – Ele retrucou e eu suspirei. — Izu, você me ajudou em tudo e, o mínimo que eu posso fazer, é te arrastar para esse casamento. Ele não estaria acontecendo se você não tivesse feito metade do trabalho.

— Você subestima sua capacidade, professor. – Brinquei e ele riu baixinho.

Olha, eu também preciso me arrumar. Sei que você está sem jeito por ter terminado com o meu sobrinho, mas o casamento não é dele. E seus amigos estarão lá também.

— Vou ficar de vela, você quis dizer. – Retruquei e ele bufou.

Se não quer ir pela gente, vai pela Mito que programou tudo até o último segundo e, se você faltar, ela vai ficar louca por ter uma falha no seu roteiro. – Ele tentou mais uma vez.

— Golpe baixo. – Resmunguei e ele riu. — Eu vou ir, mas só na festa. Igrejas me dão claustrofobia.

Você só não quer chorar de emoção na frente de todo mundo que eu sei. – Ele me pegou e eu ri. — Preciso ir me arrumar. Não entra em crise existencial hoje, porque esse é o papel dos noivos. – E então ele desligou na minha cara.

Era de família ser assim, só pode.

Encarei o traje escolhido por minha mãe e fiz uma careta. Não gostava de usar terno e ela sabia bem, então minha calça era jeans escura e apertada somente nas coxas, e a camisa era social branca, que eu deixaria solta, provavelmente cobrindo até o meio das minhas pernas, já que a camisa era do meu pai.

Eu não tinha essas frescuras no guarda-roupa.

Já tinha tomado banho, então, aproveitando que eu tinha no mínimo umas duas horas ainda, visto que a festa só começava mais tarde, passei um creme por todo o meu corpo, massageando principalmente meus pés e panturrilhas, que doíam muito com todo o esforço físico que vinha fazendo esses últimos tempos.

Fiquei de toalha, deitado na cama por mais algum tempo, cantando as músicas do teatro em que faria parte e matutando se realmente era mesmo uma boa ideia ir nesse casamento. Sei que Hashirama e Mito ficariam bem chateados se eu não fosse, mas levando em conta o que aconteceu comigo e com Tobirama da última vez que ficamos próximos...

Sacudi a cabeça, resolvendo ir me vestir antes que os pensamentos saíssem da cabeça de cima e enchessem a cabeça de baixo. Passei o desodorante roubado do Gami – esse até já era um outro – e o meu perfume. Ajeitei meu cabelo para a minha franja cobrir a testa, mas não ficar na frente dos olhos e passei uma leve sombra nos olhos para destacá-los.

Estava saindo totalmente pronto do banheiro, quando olhei para o meu gloss de cereja. Voltei a me escorar na pia enquanto o pegava e sorri pequeno, o girando em minha mão. A primeira vez que usei ele esse ano, foi na festa da Dawon, aonde Tobirama e eu nos beijamos, brigamos e fizemos "sexo" tudo em uma noite só. O dia que eu me droguei sem querer e ele admitiu que odiava me ver mal. E foi o dia que decidimos ficar um com o outro até que um de nós não nos quisesse mais juntos.

Coisa que aconteceu rápido demais.

É, foi um grande dia.

Tirei a tampinha e me olhei no espelho, com uma firmeza que não sentia há muito tempo. Passei ele com cuidado para não borrar e aspirei o cheirinho bom de cereja que agora estava na minha boca. Finalmente podia sair de casa.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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