Briga e contrato feito

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Bora mais um capítulo?

Espero que gostem, boa leitura!!!

🕺🏻

— Dorme aqui. – Pedi, segurando a sua mão quando ele ia em direção à porta.

— Não dá. Minha mãe já deve ter chegado em casa e pode estar preocupada por eu não estar lá dado a todas as circunstancias. – Ele explicou ao se virar para mim novamente. Mordi o lábio nervoso.

— Mas está chovendo! Você não pode se molhar de novo. Vai ficar gripado! – O puxei mais uma vez quando ele fez menção de voltar a caminhar.

— Filho, fala de uma vez que você quer que ele pose aqui. – Meu pai me entregou na maior cara de pau.

O olhei indignado. Como assim minha família joga contra a mim? Porra.

Ele riu, aparentemente adorando as minhas bochechas vermelhas e a minha cara desaprovadora. Cretino.

Olhei de novo para Tobirama e o mesmo me olhava com um sorriso de canto. Aquele sorrisinho que desgraçava as minhas estruturas e deixava minhas pernas bambas, bem do estilo canalha. Eu fiquei ainda mais sem graça e soltei nossas mãos, já que isso dificultava ainda mais a minha situação constrangedora que o meu próprio progenitor me enfiou.

— Eu levo você, Tobirama. – Minha mãe se ofereceu, se levantando e já indo pegas as chaves do seu carro.

Ok, eu vou mudar de família.

Cruzei os braços, emburrado com eles. Até o meu irmão riu de mim dessa vez e eu quase soquei todo mundo, mas sua risada infantil era tão gostosa de ouvir que eu me contentei em apenas revirar os olhos e amaldiçoar todos eles mentalmente.

— Não precisa, senhora Uchiha. Está tarde e frio, não precisa sair de casa. – Tobirama negou com a cabeça quando minha mãe voltou para perto de nós, balançando as chaves do carro no dedo indicador.

— Exatamente. Está tarde e frio, além de chovendo. Não vou deixar você andando por aí nessas condições. Afinal, é amigo do meu filho e tratamos todos os amigos dele como se fossem nossos filhos. – Ela sorriu sincera e eu sorri de volta, mesmo não querendo.

— Menos você, acho que você é nosso genro. – Meu pai alfinetou mais uma vez e eu tirei a pantufa do pé esquerdo, atacando na sua cara.

Ele riu e jogou de volta em mim, aproveitando para atacar uma almofada e o travesseiro que Madara usava. Só faltou jogar o próprio filho em mim também, porque meu Deus.

— Não dá para brincar com você. – Resmunguei, calçando a pantufa de novo.

— Eu vou ligando o carro. – Minha mãe disse com o tom de voz que ela usa para passar recados para o meu pai e logo depois saiu.

— Vamos sair para vocês se beijarem.

— Paaaaaai! – Choraminguei e ele gargalhou, colocando Madara nos ombros para subirem as escadas.

Bufei, negando com a cabeça. Eu estava completamente sem graça e até cogitei a opção de somente dar um tchau e subir correndo, mas senti sua mão na minha e logo depois ele me virou de frente para si.

— Sua família é bem legal. – Ele sorria sem mostrar os dentes e eu ri soprado.

— É. Eles são sim. – Sorri de volta e molhei os lábios. — Tobirama, olha... – Suspirei, tomando coragem para dizer de uma vez — Fui um idiota com você, ontem e hoje. Não queria ter te tratado daquele jeito, juro. Eu não sou assim.

— Eu sei. – Ele sorriu fraco. — Todo mundo da escola te idolatra por ser tão legal, tão gentil, tão parceiro, tão engraçado, tão, tão, tão... – Suspirou, desviando os olhos. — Sou eu que puxo o lado negativo das pessoas.

Olhares e Promessas - Versão TobiizuOnde histórias criam vida. Descubra agora