Cap 6

824 91 151
                                    











Pov: Katherina

Eu acordei com muita dor de cabeça e minha garganta estava seca demais, não sabia oque estava acontecendo pois ao meu redor não havia as costumeiras paredes brancas, mas sim quando finalmente consegui focar minha visão, dois olhos azuis me encaravam.

Era Carl e ele estava sentado ao meu lado em um banco do que imaginei ser um carro, me levantei com dificuldade e me apoiei sentada com a cabeça encostada na janela.

- Mãe! Ela acordou.

Gritou o garoto oque fez meu ouvido zunir com o excesso de barulho desnecessário. Oque estava acontecendo? Eu só me lembrava de ir para a minha prisão e tudo ficar preto de repente. Lory veio para o meu lado com um sorriso sincero no rosto e colocou sua mão em minha testa para conferir se eu estava com febre.

- Oque aconteceu? Onde eu estou?

Perguntei confusa e então Lory me explicou oque aconteceu no CDC.

- Daryl trouxe você conosco e não saiu do seu lado a maior parte do tempo.

- Quanto tempo fiquei desacordada?
Lory e Carl se entreolharam e então o menor respondeu pela mulher.

- Fazem três dias e eu fiquei encarregado de te observar.

Três dias eram muita coisa para ficar desacordada, eu tinha que admitir que nunca tinha ficado tanto tempo na escuridão. A Grimes percebeu que eu estava com muita sede e me entregou uma garrafa de água. Eu estava bebendo desesperada quando notei que o sardento me olhava.

- Quer um pouco?
Perguntei estendendo a garrafa para ele que hesitou em aceitar, porém eu continuei com o braço levantado.

- Meu braço está cansando, vai querer ou não?
Perguntei e então o garoto tirou o objeto da minha mão e bebeu um grande gole.

No carro estávamos eu, Carl e sua família, Sophia e Carol. Ao olhar pela janela novamente consegui ver Daryl em sua linda moto, ele me viu e deu um aceno cansado. Eu imaginava que todos deviam estar muito cansados depois de três dias sem descansar e apenas viajando por aí tentando sobreviver.

Chegamos em uma parte da estrada em que era impossível de atravessar, pois vários veículos abandonados estavam parados nas ruas. Eram muitos carros com pessoas mortas dentro deles, meu coração apertou pela quantidade de mortes que eu não consegui salvar, mas agora aquele grupo seria minha responsabilidade e eu teria que manter todos em segurança.  Então o Trailer que deduzi ser de Dale parou em nossa frente e Rick parou o carro para ver oque havia acontecido.

O Trailer tinha estragado e saia fumaça do motor, Lory segurava a minha mão e a de Carl para nos manter por perto.

- Vamos ver oque podemos achar.
Disse Gleen e então eu e as outras crianças junto de Lory e Carol fomos andando entre os carros procurando por algo que poderia ser útil. Logo percebi que em um dos porta-malas de um dos carros tinha vários gibis.

- Carl, Sophia venham ver isso!
Chamei e eles me seguiram, o garoto sorriu ao ver as revistinhas e as pegou e colocou em sua mochila.

- Você vai gostar de ler essa!
Disse Carl me entregando uma do " Homem de ferro" , se fosse como a do homem- bicho essa não seria tão ruim. De repente senti uma dor de cabeça e uma presença morta por perto. Os Zumbis estavam vindo, muitos deles. Puxei Carl para de baixo do carro e fiz sinal para que Sophia fosse se esconder no carro ao lado

Todos fizeram igual enquanto todos os mortos passavam por nós, minha cabeça latejava e meu nariz começou a sangrar. Eu conseguia ouvir as antigas vidas de todos aqueles Zumbis. Gritos, memórias felizes, choros, eu conseguia ouvir tudo. Quando os mortos passavam pelos carros onde estávamos, Carl se aproximou mais de mim com medo. Eu tentava controlar os monstros para não se abaixarem, porém quando os Zumbis já tinham passado, Sophia tentou sair e um dos mortos a viu.

A garota gritou quando o monstro tentou pega-la, tentei controlá-lo, mas não consegui. Eu estava muito fraca e não conseguiria depois da presença de tantas criaturas ao mesmo tempo. Sophia saiu correndo e os zumbis foram atrás dela e entraram na mata. Eu saí correndo junto de Rick para a mata tentando achar a loira. Acabamos trombando com Sophia que pediu para Rick atirar nos zumbis.

- Não posso ou os da estrada vão ouvir.

Pensei que era minha vez de agir.

- Fiquem parados, vou dar um jeito nisso.

- Não, Katherina! É perigoso demais para você.
Disse Rick, mas eu não ouvi e então os mortos apareceram, eu estendi minhas mãos para eles e fiz os cérebros deles explodirem. Ele caíram no chão, imóveis e eu sentia o sangue descendo pelas minhas narinas e meus ouvidos.

- Vamos logo! Antes que os outros nos achem.
Eu disse limpando o sangue com a manga da minha blusa e andando em direção a estrada, mas antes que pudéssemos andar mais a loira se assustou com os Zumbis mortos e saiu correndo para a mata e se perdendo do grupo e então, Daryl, Shane e Glenn apareceram armados para nos ajudar. Quando viram que os zumbis estavam mortos ficaram confusos, pois não haviam ouvido nenhum tiro.

- Você está bem, Pimenta?
Perguntou Daryl vindo até mim e eu apenas assenti esgotada e desabei em seu abraço. Não desmaiei, mas eu não tinha mais forças para andar.

- Temos que achar a Sophia.
Eu disse.

- Não se preocupe, pimenta. Nós vamos cuidar disso enquanto você, senhorita, vai ficar junto de Lory e Carol.

Disse Rick e então o Dixon me levou para junto das mulheres e o resto do grupo, Carol estava chorando muito pela falta de sua filha e eu me senti mal por ela. Fiquei imaginando a dor de perder alguém que ama e a preocupação pulsante no coração que sempre estaria lá.

O Dixon me colocou sob o capô de um dos carros e logo Lory veio até mim.

- Oque aconteceu querida? Por que está toda suja de sangue? Bom, deixe-me limpar seu rosto.

Disse a mulher pegando um pano limpo, o molhou e começou a limpar meu rosto com muita delicadeza. A maioria dos homens estavam atrás de Sophia na mata.

 A maioria dos homens estavam atrás de Sophia na mata

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A Esperança/ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora