Kate é a esperança, ela é a CURA para o apocalipse. Ela foi testada em laboratório e tem o vírus dentro de si, pode controlar zumbis com a mente e seu sangue tem o poder de curar feridas. Após ser resgatada do laboratório por Rick e seu grupo, Kate...
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Eu tinha certeza que muitos iriam morrer sem a minha ajuda. Os pensamentos negativos invadiam a minha mente, principalmente isolada da parte de fora da prisão. Estava sentindo falta de Daryl que não aparecia já fazia um tempo, eu sabia que ele estava ocupado procurando remédios para ajudar as pessoas que estavam doentes.
Muitos estavam com medo do que estava acontecendo, mas eu também sabia que esse medo duraria para sempre, só que de maneiras diferentes. O medo sempre está lá, ele sempre nos rodeia e aparece quando menos esperamos e quando estamos mais vulneráveis.
Já fazia um tempo que eu não conseguia dormir, mesmo rolando de um lado para o outro na cama confortável. Eu me levantei e fui até o banheiro jogar um pouco de água no rosto. Ao me olhar no espelho, notei minhas olheiras manchando minha pele pálida. Senti um aperto no peito ao me lembrar que não podia sair dali até que tudo tivesse se resolvido.
Estava difícil respirar, então coloquei minha mão sobre o peito em uma tentativa de me acalmar. Sem perceber, brinquei com o pingente de ferradura em meu pescoço. Parecia que as paredes estava se fechando e se tornando mais apertadas, então sai do banheiro e comecei a andar em círculos tomando o máximo de cuidado para não acordar Sophia e Carl que estavam adormecidos em suas camas.
Comecei a respirar fundo para me manter calma, eu precisava me manter positiva, precisava me manter forte assim como eu prometera para Daryl. Me ajoelhei no chão e comecei a contar as lascas da parede para tentar me distrair. Não percebi que alguém tinha acordado, até que senti pegarem na minha mão.
Ao olhar para o lado, vi Carl me encarando com um rosto sério - Não se dá bem em lugares fechados, não?- Ele perguntou e eu fiz que não com a cabeça - Eu também não- Carl continuou a segurar minha mão e não deixou de me encarar.
- Respire junto comigo- O Grimes fez movimentos de respiração e eu o imitava com um pouco de dificuldade.
- As pessoas estão morrendo, Carl, e eu tenho que ficar aqui sem ajudar ninguém-
- Elas sempre vão estar morrendo, pimenta. Sabe que meu pai e Daryl não querem deixar você ajudar para manter o seu segredo a salvo, não é?-
Carl acariciava minha mão com cuidado e eu não deixei de encara-lo - Eu sei, mas será que não estamos sendo muito egoístas?-
- Eu prefiro ser taxado de egoísta se isso te manter a salvo- Percebi que as bochechas de Carl ficaram um pouco vermelhas enquanto ele dava um sorriso fraco. - Vamos comer algo?- O Grimes perguntou enquanto se levantava e estendia a mão para me ajudar a levantar.
Enquanto íamos para a cozinha improvisada, não deixei de pensar em Daryl e em quando ele e os outros iriam voltar da busca. Também estava preocupada se algum de nosso grupo havia ficado doente, isso me deu calafrios.
Eu e Carl nos servimos de cereal e um pouco de leite. Claro que não era a melhor coisa que já tínhamos comido, mas no momento nos saciava. Comíamos em silêncio, acho que o Grimes não estava tão melhor que eu no quesito "alegria".
