Capítulo 31

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É incrivel como as coisas mudam quando os humanos são a minoria na Terra, chega a ser assustador o quanto somos destrutiveis. Não importa o que, tudo que o homem toda, ele consegue destruir. Pela janela do carro, era possivel ver verstigios de construções que foram destruidas pelo abandono e pelo apocalipse. Carl estava do meu lado olhando a mata em volta da estrada, no banco da frente, Michonne dirigia enquanto Rick divagava em pensamentos. Para falar a verdade, não sei aonde estavamos indo, talvez buscar suprimentos, mas isso não importava já que passei tanto presa em um quarto, gostaria de aproveitar o tempo que tinha para observar o que eu tinha perdido que pelo jeito era muita coisa desinteressante.

Enquanto avançavamos, vi algo no acostamento da estrada e pensei ser um zumbi, mas era apenas um homem que quando viu nosso carro, começou a implorar para que ajudassemos ele, porém Michonne não parou o carro e seguimos em frente até perdermos o homem de vista. Carl deu uma última olhada no sujeito antes dele desaparecer e me deu um sorriso fraco, nós dois sabiamos que não podiamos ajudar e aquele homem já estava morto.

Mais a frente, vários carros estavam parados perto da estrada e dentro deles haviam pessoas mortas e alguns zumbis. Michonne desacelerou o carro para irmos mais devagar, mas o carro logo parou de seguir em frente, mesmo com a mulher apertando o acelerador. De repente, zumbis começaram a bater no vidro das janelas loucos para poderem colocar os dentes em nossa carne. Suspirei, tentando ignorar os gritos de terror que preenchiam as mentes já mortas dos zumbis e quando Carl olhou para mim, eu já sabia o que fazer: Virei minha cabeça lentamente e então os cerebros dos andantes explodiram em seus cranios.

Limpei o sangue que escorria de meu nariz casualmente com a manga de meu casaco, já que não havia mais nada que eu pudesse usar para me limpar. Então descemos do carro para tentar consertar o veículo. Rick juntava algumas coisas que poderiamos usar enquanto eu e Carl estavamos escorados no carro.

- Kate, ainda tem sangue no seu rosto.

Disse Carl me olhando e apontando para a parte suja que eu tentei limpar novamente.

- Saiu?

- Não, está bem.... aqui.

Ele exclamou aproximando a mão de meu rosto e limpando com a manga de sua camisa o local sujo e depois deu um sorriso fraco.

- Obrigada.

Carl deu de ombros e olhou feio para Michonne que se afastava para entrar novamente no nosso carro.

- Não confio nela.

Murmurou o garoto para ninguem em expecifico quando Rick se aproximou de Carl e o chamou para ajudar a consertar o veículo.

- Enquanto os homens trabalham, vou me juntar a Michonne no carro. Boa sorte aí.

Eu disse já indo para o banco de trás e fechando a porta, Michonne me olhou pelo retrovisor e eu a encarei de volta dando um pequeno sorriso para a mulher. Não tivemos tempo de conversar já que Rick e Carl logo terminaram o serviso e entraram no carro que voltou a funcionar e seguimos viagem.

Depois de um tempo, paramos em uma cidade abandonada. Eu tinha minha besta nas costas caso precisasse dela. Andamos até uma delegacia, na esperança de encontrarmos armas, mas não havia nada ali.

- Que Droga!

Exclamou Rick que tinha dado a ideia de irmos para aquela cidade, pois era onde costumava morar antes do apocalipse. O homem estava frustrado.

- Tem mais alguma delegacia por aqui?

Perguntou Michonne.

- Não, mas tem outros lugares para ver. Podemos ver em bares, lojas de bebida. Talvez ainda estejam lá.

Michonne apenas suspirou e Rick a olhou com uma carranca.

- Algum problema com essa ideia?

- Não, Rick. Sem problemas.

Ela disse entregando a única bala que encontrou no chão para Rick e se afastou.

- Bom, vamos continuar então? Tenho certeza que vamos achar algo.

Eu disse tentando amenizar o clima e saindo da delegacia com os outros atrás de mim. Tinham setas espalhadas pelo chão das ruas, o que era tremendamente estranho.

- Nós vamos mesmo seguir essas setas como se fôssemos coelhinhos indo para uma armadilha?

Perguntei apreensiva.

- Infelizmente, o lugar que temos que ir é seguindo essas setas.

Parecia que Rick também não gostava da ideia de seguirmos por aquele caminho, mas não podemos ter tudo o que desejamos.

Se meu coração batesse, ele teria disparado quando entramos em uma rua cheia de objetos afiados presos em bases de madeira. Muitos recados estavam pichados como " VOLTE E VIVA" ou " ESTOU AVISANDO"

- Tem dois lugares a frente, vamos entrar e sair logo daqui.

Eu não tinha uma boa sensação de estarmos andando entre aquelas estacas de ferro e madeira, talvez fosse melhor voltarmos, mas não tínhamos muita opção. Eram armadilhas para zumbis.... Ou pessoas.

De repente, uma zumbi se aproximou e ficou presa na corda amarrada entre dois carro e levou um tiro na cabeça. Olhamos assustados para o local de onde tinha vindo o tiro. Um homem estava em cima do telhado com uma arma em mãos, ele usava um capacete que tornava impossível de ver seu rosto.

- Mãos para cima!

Ordenou o homem e obedecemos, todos com as mãos para o alto.

- Deixem todas as suas coisas aí!

O homem falou novamente, mas eu não deixaria minhas coisas ali de maneira alguma!

- Corram para o carro, agora.

Sussurrou Rick para mim e Carl que tentou contestar, mas Michonne o interrompeu.

- Precisamos daquele rifle, eu consigo subir lá.

Enquanto isso, o homem contava de dez a zero quando Rick mandou de novo que voltássemos para o carro e começou a atirar em direção ao sujeito em cima do telhado. Carl e eu corremos para um carro que estava na rua e nos escondemos atrás dele e começamos a atirar.

De repente, o homem misterioso saiu do telhado e percebi que Rick o tinha perdido de vista até que o sujeito apareceu e continuou a atirar contra o Grimes mais velho.

- Carl, precisamos fazer alguma coisa!

Sem esperar, me aproximei do homem sem que ele me visse com Carl atrás de mim. Antes que a pessoa chegasse muito perto de Rick, disparei uma flecha em sua perna fazendo com que o homem caísse no chão enquanto Carl atirava em seu peito.

- Por que fizeram isso? Mandei que voltassem para o carro, não quero que vocês tenham que matar.

Disse Rick se aproximando de nós e analisando o homem inconsciente no chão.

- Infelizmente, não podemos nos dar o luxo de não matar.

Eu disse usando minha bota para cutucar o homem.

- Ele está usando colete aprova de balas.

Murmurei e Rick rasgou a camiseta do sujeito para ver o colete e onde a bala de Carl tinha atingido.

- Ele está vivo.
Disse o Grimes tirando o capacete e a máscara do homem, percebi que reconhecimento passou pelo rosto de Rick ao ver o cara de pele escura e careca deitado no chão.


Disse o Grimes tirando o capacete e a máscara do homem, percebi que reconhecimento passou pelo rosto de Rick ao ver o cara de pele escura e careca deitado no chão

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A Esperança/ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora