💮MONARCHY💮

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"Every petal better tell him, better not change."

• B E A T R I Z •

Acordo com a luz forte do sol batendo no meu rosto.

--- Bom dia princesa.--- ouvi a voz do cacheado que fazia um leve carinho na minha cabeça.

Eu estava deitada em seu peito abraçando sua cintura enquanto recebia um carinho dele.

--- Bom dia.

--- Dormiu bem?

--- Sim.--- sentei na cama.--- Graças a você.

Depois do desabafo com o Lucas, ele ficou me contando diversas histórias da família dele e sempre tentava me fazer esquecer as coisas.

--- Eu gosto de cuidar de você.--- me deu um selinho e encostou na cabeceira da cama.

--- Eu posso perguntar uma coisa?

--- Pode.

--- Por que seu pai tá viajando?--- recebi um olhar confuso dele.--- É porque eu achei que por ele ser um demônio só trabalharia em casa.

--- É mais uma questão de monarquia.--- me puxou pra cima dele de novo.--- Como você sabe, meu pai é o rei do inferno certo?

--- Aham.

--- Porém, acima dele tem o Sr. Kang, que é o ser mais poderoso, ele que comanda tudo ali dentro, e consequentemente manda no meu pai também.--- deu uma pausa.--- Tanto que se ele quiser tirar o poder do meu pai sob o trono, ele pode.

--- Não tô entendendo nada.

--- Assim que eu completar vinte anos, o trono do inferno vem pra mim, porque eu sou o herdeiro direto. Mas se meu pai for restituído do cargo e o Sr. Kang colocar outra pessoa no lugar do meu pai, o herdeiro não vai mais ser eu, e sim o filho dessa pessoa.

--- E esse tal de Sr. Kang não tem filho não?

--- Segundo a história que contam pra gente na escola dos demônios, ele teve uma filha com uma humana, porém após o nascimento a mulher com quem ele havia tido a sua filha, fugiu com a bebê. E na época ele não podia interferir de certa forma no mundo humano, então não pôde ir atrás delas.

--- Entendi.--- balancei a cabeça processando tudo.--- Então seu pai não é o demônio mais poderoso?

--- Essa foi a única parte que você escutou né?--- perguntou rindo.

--- Foi a única parte que me interessou ué.

Ele apenas deu uma risada leve e levantou da cama indo em direção ao banheiro.

E lembranças da noite passada vieram a minha mente.

Se eu não sou filha do homem que eu julguei ser meu pai todos esses anos, eu sou filha de quem?

--- Tá com fome?--- o cacheado perguntou saindo do banheiro.

--- Muita.

--- Voce prefere comer comida ou me comer?--- perguntou com um sorriso.

--- Primeiro eu quero comer comida tá.--- dei dois tapinhas leves no braço dele.

--- E se eu te prender aqui no quarto até eu ter o que eu quero?--- ameaçou.

--- E se eu fugir primeiro?--- ameacei correr e ele parou na minha frente.

Fiquei pulando de um lado para o outro tentando despistar ele, e quando achei que poderia sair correndo ele me segurou pela cintura me enchendo de beijos.

--- Lucas eu tô com fomeeeeeee.--- reclamei nos braços dele.

--- Eu já falei a solução pra isso.--- me segurou mais forte.--- É só me comer.

--- Mas eu quero comida.

--- Eu sou um filezinho aos seu dispor.

--- Credo, tá mais pra salsicha murcha.--- brinquei rindo.

--- Magoou Beatriz.--- me soltou colocando a mão no peito.

Eu ri da birra dele e me aproximei, e dessa vez fui eu que distribui beijos pelo seu rosto fazendo ele soltar algumas risadas.

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