Um demônio entre humanos?
Meio fútil, porém intenso não acha?
Quando na sua cabeça se passa que você é apenas um ser humano normal em meio á um mundo totalmente desconhecido onde se é julgado a cada mísero segundo. Porém, um demônio aparece como um...
--- Temos que passar na empresa mais tarde.--- minha mãe pronunciou enquanto serviam o almoço.
--- Mais tarde não dá, tenho compromisso.--- falei simples e direta.
--- Que tipo de compromisso é mais importante que sua carreira?--- meu pai perguntou se intrometendo na conversa.
--- Não que eu deva satisfações da minha vida á você. Mas é um trabalho da escola.
--- Você não precisa ir fazer isso, depois eu pago para algum nerd fazer e te dar os créditos.--- falou colocando a garfo na boca.
Travei o maxilar e sorri em desgosto. Sempre é assim aqui em casa, dinheiro acima de tudo, até da família.
Levantei deixando a comida do meu prato intacta e recebendo o olhar confuso da minha mãe.
--- Larga de drama garota, seu pai tá certo. Senta e termina de comer.--- mandou autoritária.
Mas como sempre, eu não escutei.
Saí da cozinha e subi as escadas direto para o meu quarto para tomar um banho.
Entrei no banheiro e liguei o chuveiro, fazendo minha pele se arrepiar por conta da água gelada.
Depois do banho tomado fiquei em frente aquele monte de roupa no closet tentando escolher algo para vestir.
Optei por fim em uma blusa enorme de um time de futebol americano que eu não faço ideia de qual seja, uma calça cargo jeans clara, e meu tênis da nike.
A roupa:
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Ajeitei meu cabelo e decidi que já estava bom.
Todos do grupo decidiram ir pra casa do Lucas fazer o trabalho então se eu ir muito arrumada aquele idiota vai ficar de gracinha.
Peguei apenas um boné pra colocar na cabeça e um óculos escuros, pra evitar eu ficar cega se algum louco resolver tirar foto minha na rua.
Desci as escadas notando nos dois sentados no sofá, meu pai mexendo no celular e minha mãe com uma revista na mão.
--- Que roupa ridícula é essa Beatriz?--- minha mãe perguntou assim que passei por ela.
--- Ridícula são as roupas que você usa.--- fiz questão de enfatizar o "você"
--- Não gostei, vai trocar.--- mandou.
--- Eu não vou trocar merda nenhuma, a roupa é pra agradar a mim mesma e não á você.--- dei de ombros e continuei indo em direção á porta.
--- Mais respeito mocinha, e você vai com os seguranças.
--- Precisa mesmo disso?--- retruquei cansada.
--- Precisa.
Revirei os olhos e saí de casa dando de cara com o motorista e o segurança me esperando.
Engraçado que pra escola onde eu corro muito mias risco de morrer, ninguém manda segurança né?
(...)
--- Bem vinda ao meu humilde lar.--- Lucas forçou um sorriso abrindo a porta.
--- Se isso aqui é humilde minha casa é lar de mendigo.--- falei olhando em volta.
Escutei uma pequena risada da parte dele e depois o mesmo fez sinal para subirmos as grandes escadas de sua "humilde" residência.
Assim que entramos no cômodo que eu julgo ser seu quarto notei que o Pedro e o Heitor já haviam chegado.
--- Você podia ter passado la em casa pra me ajudar a escapar da minha mãe né.-- falei dando um tapa no braço do Pedro.
--- Ata que eu ia, eu não brinco com a senhora Valentina não.--- falou rindo.--- Eu ainda quero viver!
--- Idiota.--- lancei meu pior olhar pra ele que retribuiu logo em seguida.
--- Ok chega de discussões e vamo fazer esse trabalho?--- Heitor perguntou entrando no meio de nos dois.
Olhei para frente reparando que o Lucas apenas ria de toda a situação... Ele não tem cara de ser um demônio. Pelo menos não desses que se vê em filmes de terror.
