Capítulo 10

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                                                                                  Ana Flávia

  - Foi incrível Ana - Disse Gabi, se jogando na cama com um sorriso bobo no rosto.

  Ela passou o dia inteiro com o Murilo, enquanto eu sofria com o professor de Matemática por causa dos meus trabalhos extras. Eu não sabia que esses trabalhos eram sinônimo de ser sentenciada a mais tempo com aquele demônio. 

  - Ele parece gostar de você... - Comentei, sorrindo para Gabi que arregalou os olhos se sentando na cama. 

  - Você acha?

  - É, eu acho.

  - Eu nunca cheguei nessa parte de ser recíproco. o que eu faço agora? - Me encarou, em choque.

  - Eu nunca nem me apaixonei mas eu acho que você deve confessar o que sente e ver no que dá!

  - Você tá louca??  - Se levantou da cama em um pulo. - Confessar o que eu sinto... - Riu. - Mais fácil eu me jogar de um penhasco! - Reclamou, se jogando na cama novamente.

  - Se você nunca tentar, você nunca vai saber. - Dei de ombros, indo me sentar na cama dela. 

  - A Ana tem razão, Gabi. - Concordou a Alana, saindo do banheiro enrolada em um toalha . - O que é o pior que pode acontecer? Até por que, o não vpcê já tem!. 

  - Se der merda, eu pego vocês duas na saída! - Apontou o dedo para nós, com os olhos semicerrados.  

[...]

  - O que você tá fazendo aqui? - Perguntou Gustavo, se aproximando da minnha cadeira.

  - Fugindo da aula de Matemática. - Sorri, virando a página do livro que roubei da Gabi.

  - Você sabe que sentando no refeitório, todo mundo pode te ver né?! - Sorriu, se sentando na minnha frente. 

  - É exatamente o que eu quero. - Pisquei pra ele com um sorriso de lado. - E o mesmo vale pra você, o que tá fazendo aqui? - Perguntei.

  - Fugindo da aula de Química. - Confessou com um olhar envergonhado e eu gargalhei.

  - Eu só tenho Química às sextas. - Sorri.

  - Hoje é sexta. - Falou ele e eu arregalei os olhos.

  - Quer dizer que eu assisti uma aula de Matemática extra e aquela cópia barata e vagabunda do Snape nem se deu ao trabalho de me contar? - Olhei para um canto aleatório em choque. - Por isso que ele tava sorrindo tanto... - O garoto do pepino riu vendo a minha cara e logo notou o livro em minnhas mãos.

  -  Você sabe ler? - Me olhou em choque e eu bati no ombro dele.

  - Você realmente é um babaca, não é?! - Semicerrei os olhos para ele.

  - O que você tá lendo? - Perguntou, genuinamente curioso.

  - Um livro, idiota.

  - Sobre o que é esse livro, mulher mais linda do mundo? - Perguntou com um sorriso e eu revirei os olhos entregando o livro para ele.

  - Romance. - Sorri.

  - Ah, então a madame gosta de romance?  - Sorriu brincalhão.

  - Apenas em livros.

  O Gustavo abriu o livro onde o marca páginas estava e começou a ler. 

  - Capítulo 55? - Perguntou surpreso.

  Depois de ler a segunda folha, ele arregalou os olhos e me encarou. 

  - Você disse que era romance. - Me olhou assustado e surpreso.

  - Pessoas mentem, Gustavo. - Puxei o livro das suas mãos com um sorriso. 

  - Isso tá um pouco mais pra.. putaria. - Sorriu envergonhado.

  - Além do mais, nem eu tô entendendo o que tá rolando nesse livro. Uma hora tem ação, outra hora tensão sexual e outra tem gente brotando do cu de Judas.

  - Isso porque você pegou um livro aleatório de uma saga. - Ele disse olhando para a capa do livro.

  - Faz sentido. - Sorri.

  - E você leu até o capítulo 55, mesmo não entendendo nada?

  - Tudo pra não ter que aturar Matemática! - Levantei o punho igual a guerreira qque sou.

  O Gustavo ficou em silêncio, me olhando com atenção, ele parecia me analisar. Eu encarei ele de volta, mordendo o lábio inferior para segurar o riso.

  - Enfim.. - Suspirou. - Você quer ser expulsa.

  - E você tem cérebro. - Usei a ironia, sorrindo e ele inclinou a cabeça pro lado, me encarando.

  - Eu acho isso uma completa idiotice. - Jogou a cabeça para trás, me dando uma visão ampla da sua mandíbula marcada e de seu pescoço.

  - Infelizmente pra você, eu não ligo para o que você pensa.

  - E infelizmente pra você, eu sou o filho da diretora. - Sorriu. - Eu tenho o poder de influenciar se você fica ou não aqui. Igual um pequeno diabo sussurrando no ouvido das pessoas.

  - Aonde você quer chegar com isso, garoto do pepino? - Perguntei com os olhos semicerrados.

  - E u quero te mostrar que tem motivos pra você ficar aqui, nem que seja pelos piores motivos.

  - Ha... - Olhei para o chão. - Sabe o que eu penso? - Me levantei. - Eu sei que você não vai conseguir me convencer de ficar, mas vai ser divertido te ver tentar. - Sorri, dando as costas pra ele e saindo dali. 

  Ele não vai passar de uma diversão para o meu fim de semana...

CONTINUA........

  

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