𝓐𝓷𝓪 𝓕𝓵𝓪́𝓿𝓲𝓪
... 𝘦𝘶 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘰 𝘢 𝘤𝘩𝘢𝘷𝘦.
- O quê? - Perguntei em choque com um sorriso.
- É isso mesmo. - Sorriu de volta pegando na minha mão e começando a me puxar.
- Aonde ela tá? - Perguntei.
- No escritório da minha mãe. - Falou por fim.
Corremos até o escritório da mãe dele e quando chegamos lá, ele me ensinou um truque pra conseguir abrir aquela porta facilmente. Pegamos a chave e logo estávamos correndo até a sala de música. Foi mágico... Quando Gustavo abriu aquela porta, tinha vários instrumentos espalhados pela grande sala, mas o que me chamou a atenção foi um piano. Era um piano grande e enorme, sendo seguida pelo Gustavo, eu caminhei até aquele piano e toquei a extensão dele.
- É incrível. - Falei olhando para o Gustavo.
Ele sorriu e fechou a porta.
- Sabe o mais incrível? - Se aproximou. - Como é uma sala de música, eles colocaram isolamento acústico, podemos fazer o barulho que quisermos aqui, que ninguém de fora vai ouvir. - Informou com um sorriso.
Eu devolvi o sorriso para o Gustavo e me sentei no banquinho do piano, ele me encarou confuso mas não protestou. Eu passei os dedos pelas teclas do piano sentindo o meu coração bater ansioso no meu peito. Pressionei a primeira tecla, que fez um som agudo preencher a sala, eu dei um pequeno sorriso e encarei algumas folhas que estavam por cima do piano, peguei as mesmas e analisei.
Para Elisa - Beethoven, essa vai ser fácil. Eu dei um grande suspiro, sentindo o olhar curioso de Gustavo sobre mim e comecei a tocar. Várias memórias, boas e más, correram pela minha mente enquanto os meus dedos corriam pelas teclas. Fazia mais de 1 ano que eu não tocava em piaano nenhum e, mesmo assim, foi como se os meus dedos conhecessem as teclas sem precisar de mim. Os meus dedos dançavam nas teclas rápidos e agilmente. Quando eu terminei, voltei a encarar o Gustavo e vi um sorriso admirado no rosto dele.
- Eu acho que estou apaixonado. - Soltou com o olhar completamente perdido e eu ri.
- Quem não se apaixona por música? - Brinquei.
Ouvimos um barulho no corredor e o Gustavo rapidamente me puxou para um canto da sala, o meu coração batia forte no meu peito enquanto meu corpo estava grudado com o de Gustavo. Escutamos alguém abrir a porta e eu consegui notar que era um dos seguranças do colégio, ele logo saiu e eu dei um sorriso aliviada. Eu me sinto viva. Olhei para Gustavo e percebi que ele já me encarava com atenção.
- Obrigada. - Agradeci ainda sentindo a adrenalina correr pelo corpo.
- Pelo quê? - Perguntou confuso.
Por me fazer sentir viva.
- Por me salvar do segurança. - Disse me afastando dele.
- Precisamos sair daqui antes que outro segurança venha checar a sala. - Falou pegando na minha mão e começando a me puxar pra fora. Eu não vi pra onde o Gustavo estava me levando, devido ao sentimento gritante de adrenalina. Só fui perceber quanndo paramos na frente da janela que dava para o terraço.
- Você tá completamente doido. - Falei puxando Gustavo pelo moletom. - Tá chovendo¹ - Apontei para a janela.
- É, meu amor, eu não sou cego. - Sorriu e eu dei um tapa na cabeça dele.
- Idiota. - Insultei soltando o moletom dele.
- É só uma chuva. - Justificou ele.
- Você fala isso até eu te empurrar pra fora do terraço. - Ameacei e ele riu.
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O Colégio Interno - miotela
FanfictionAna Flávia Castela é uma garota problemática que sempre se envolve em qualquer encrenca possível. Ela vê seu mundo ficar de cabeça pra baixo, quando seus pais decidem colocá-la em um colégio interno, após Ana Flávia ter "acidentalmente" incendiado o...