Capítulo 18

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𝒜𝓃𝒶 𝐹𝓁á𝓋𝒾𝒶


...𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐟𝐮𝐢 𝐩𝐮𝐱𝐚𝐝𝐚

Eu encarei Alana confusa e a mesma apenas sorriu.

- Aonde você tava? - Perguntou animada.

- Estudando, na biblioteca. - Falei parte da verdade e ela me olhou desconfiada.

- Ana, eu conheço você. - Falou e eu dei de ombros.

- O Gustavo tava me ajudando a estudar. - Quando eu falei isso, o sorriso da Alana aumentou.

A Gabi levantou da cama e me encarou com um sorriso também.

- Eu sabia!! - Festejou junto com a Alana.

- Eu acho que as tias da cantina colocaram alguma coisa na comida de hoje. - Comentei.

- Calada vagabunda, a gente quer saber de tudo! - Falou Alana se sentando na cama dela.


[...]


- Ok alunos, alguém tem alguma dúvida? - Perguntou o professor Rickman, que eu costumo chamar de loira do banheiro.

É aquele professor que me deu pontos por entrar na sala certa, eu ainda não perdoei ele por isso...

- Eu não sei pra que estudar isso tudo, o jeito é virar stripper mesmo. - Comentei e a turma toda riu, tirando a Hillary.

- Ew, você quer ser stripper? - Me olhou com nojo.

- E se eu quisesse? Qual o problema? - Perguntei aborrecida.

Essa garota consegue fazer o meu último neurônio se matar sempre que ela abre aquela boca pra falar alguma coisa.

- Eu nunca poderia fazer isso, eu me respeito demais pra fazer esse tipode.. coisa. - Soltou e eu sorri debochada, não podia perder essa chance de irritar ela.

- Era só falar que você não sabe dançar. - Falei e ela me olhou com ódio.

- Como é? - Se virou para me encarar indignada.

- Era só falar que você não sabe mexer a bunda e então não precisaria criar argumentos pra justificar. - Repeti e ela só me encarou mais brava ainda enquanto as pessoas da turma gargalhavam.

- Ok alunos, visto que não tem nenhuma dúvida, vocês estão liberados. - Falou o professor loiro, com um sorriso desacreditado no rosto.

Enquanto eu arrumava as minhas coisas, o meu anel de pedra da lua caiu e eu me abaixei pra pegar ele. Depois de algum tempo procurando, eu achei, me levantei e dei de cara com uma sala vazia e com a Hillary. Revirei os olhos e tentei sair da sala, mas ela me barrou.

-Como se sente estando presa no meio de dois mundos e não sendo aceita em nenhum deles? - Perguntou me olhando com desgosto e eu ri.

- Você é realmente doida.. - Tente empurrar ela para conseguir sair da sala.

- Não sei se você percebeu, mas você não se encaixa aqui e nem no seu mundinho de faz de conta. - Soltou com raiva.

- E eu não sei se você percebeu, mas você é totalmente louca, tá delirando já, então sai da porra do meu caminho. - Falei entre dentes, olhando no fundo dos olhos dela. Minha vontade era fazer uma dessas cadeiras voar no meio da fuça dessa menina.

Ela me deu espaço pra passar e, enquanto eu passava, ela sussurrou em meu ouvido.

- Você quer ser como todos, não é? Só que.. você não sabe como é ser você mesma e, dessa maneira, você não será 𝐧𝐚𝐝𝐚. - Riu

Eu ignorei e, com a cabeça latejando, sai dali.


[ꜰʟᴀꜱʜʙᴀᴄᴋ]

- Não somos mais crianças, não somos mais os irmãos que prometemos ser, eu não te reconheço mais... - Soltei tudo olhando nos olhos de Luan, os olhos agora vermelhos do Luan.

- SÓ ME FALA AONDE VOCÊ COLOCOU AQUELA MERDA! - Gritou no meu rosto e, em seguida, socou a parede ao meu lado.

Eu fechei meus olhos com força, deixando uma lágrima escapar, e escutei Luan se desculpar na minha frente.

- Por favor, me desculpa, eu juro que eu não queria... eu só... eu só preciso daquilo. - Segurou os meus ombros com um carinho que parecia tão falso.

- Você não tá se sentindo bem. - Abri os olhos pra encarar os olhos verdes do meu irmão.

Ele estava irreconhecível! Aquele não era o meu irmão, não mais..

- E se o único jeito de eu não me sentir mal, for parar de sentir qualquer coisa pra sempre? - Perguntou ele, em pânico.

- Você precisa parar. - Implorei com a voz falha.

- E você precisa parar de tentar ser como todo mundo e tentar me controlar. - Disse entre dentes e depois saiu batendo a porta do quarto.


[ꜰʟᴀꜱʜʙᴀᴄᴋ ᴏꜰꜰ]


Eu senti uma lágrima escorrer do meu olho, limpei a mesma rapidamente enquanto virava o corredor, e sem querer esbarrei em alguém. Era Alana.

- Ana Flávia, você não vai acreditar no que aconteceu na aula de Química... - Falou animada mas, assim que notou o meu rosto, o sorriso desapareceu. - O que aconteceu? - Perguntou preocupada.

- Nada. - Sorri falsa tentando sair daquela situação, mas ela puxou a minha mão.

Ela parecia querer dizer alguma coisa, mas, ao invés disso, apenas me abraçou.

Ela me abraçou e parte do peso que tinha sido colocado em mim, evaporou. No fim do abraço, Alana beijou a minha bochecha e me encarou.

- Se você precisar conversar, eu sou sua amiga e você pode confiar em me contar as coisas, largaria qualquer aula apenas pra falar com você e tentar te ajudar. - Sorriu com um olhar sincero.


𝒸𝑜𝓃𝓉𝒾𝓃𝓊𝒶....

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votem e comentem bastantee!!!!

nesse capítulo vocês viram uma parte do que aconteceu com o irmão da Ana..

925 palavras

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