Ana Flávia
[...] "Eu peguei um prato aleatório da mesa deles e enfiei na cara do ruivo com ódio."
- Puta merda... - Sussurrou Gustavo.
Gustavo se aproximou rapidamente de mim e me puxou pela cintura. O meu corpo e o dele se bateram por um momento, fazendo o meu quadril tocar brevemente as suas coxas. As mãos dele, que seguravam a minha cintura, apertaram a mesma em uma tentativa de me puxar mais perto dele e longe daquela mesa.
Eu encarei o Gabriel com um sorriso enquanto o rosto dele estava cheio de purê de batata.
As tias da cantina devem querer me matar e eu até já sinto o olhar delas, de quem não vai mais me ajudar a achar o banheiro.
- Aquilo foi bonito.. ele tava merecendo. - Comentou Gustavo, me encarando com um sorriso
Esse sorriso é pior que droga...
- Se você gostou tanto, eu posso fazer o mesmo com você! - Sorri de volta.
- Tão engraçada.. - Debochou ele, olhando no fundo dos meus olhos e, por um momento, desviando o olhar para a minha boca.
- Pelo menos, agora eu posso dizer que sei fazer milagres com a cara dos outros. - Ri.
- Você tá mesmo fazendo piada uma hora dessas? - Perguntou ele, me encarando com um sorriso chocado, ele ainda tinha suas mãos na minha cintura.
Eu olhei em volta e notei imensos olhares sobre nós e no garoto com a cara de purê.
De repente, Gustavo arregalou os olhos e me puxou ainda mais pra si, causando um abraço forçado, com uma mão ele segurava a minha cintura e, com a outra, a minha nuca.
O meu rosto ficou enterrado no seu peito, me permitindo sentir o seu cheiro amadeirado mais uma vez.
Fechei meus olhos quando um frio percorreu o meu corpo, a mão de Gustavo começou a descer da minha nuca para a parte de trás do meu pescoço. Os dedos frios dele tocando a minha pele, fizeram um arrepio percorrer toda a minnha espinha.
Eu só fui perceber o que estava acontecendo, quando vi uma garota ser atingida na cara por um purê de batata.
Como eu estava de costas para o Gabriel, não notei que ele tentou jogar aquilo em mim e, se não fosse pelo Gustavo, eu provavelmente estaria cheia de purê de batata agora.
E foi aí que uma briga enorme começou.
A garota que foi atingida pelo purê gritou em pânico, o seu irmão jogou um pedaço de carne na direção do Gabriel, mas falhou miseravelmente acertando a cara de um garoto aleatório. Em alguns segundos, a 3º Guerra Mundial tinha começado, era comida pra todo lado.
Gustavo me puxou pra baixo de uma mesa e me olhou assustado, como quem diz "você acabou de começar uma guerra".
Olhei para a minha frente e vi Murilo levando a Gabi pra fora do refeitório, antes que a acertassem.
Olhei para o Gustavo e ele me encarou de volta com um sorriso desacreditado.
- Você pode ser expulsa por isso tudo.. - sussurrou ele.
- Ah, eu tô tão assustada! - Disse com ironia e o Gustavo me encarou extremamente confuso.
- Você quer ser expulsa. - Percebeu ele, me encarando em choque e eu ri anasalado.
- Foi tão difícil de notar? - Perguntei, vendo um prato voar e cair na frente da mesa em que estávamos.
O povo daqui parece animal..
- Por quê? - Perguntou Gustavo, confuso e eu dei de ombros, notando um movimento no centro do refeitório.
Era uma tia da cantina.
Ela se colocou no meio do refeitório com o olhar bravo.
- CHEGA! - Gritou e no mesmo segundo foi atingida por um purê.
E foi assim que ela nunca mais fez purê para o almoço. Queria eu que isso fosse mais uma de minhas piadas, o purê dela era tão bom..
Eu arregalei os olhos, prendendo uma risada e o Gustavo desviou de um pedaço de bolo de chocolate.
- Nossa.. - olhou com uma cara triste para o bolo, agora espalhado no chão, eu prendi outra risada.
De repente, no meio daquela bagunça toda, tudo se silenciou.
Silencioso demais...
Eu encarei a entrada do refeitório e sorri vendo a diretora parada lá, com um olhar extremamente bravo.
Acho que acabei de receber o meu bilhete de volta pra casa.
[...]
- Não ir pra casa por 3 finais de semana e alguns trabalhos extras? - Reclamei, brava, enquanto andava pelo corredor com Gustavo.
Eu tinha acabado de sair do escritório da diretora e ela me deu um castigo patético.
- O negócio dos 3 finais de semana eu devia até agradecer, não ver meus pais vai ser igual tirar férias. Agora, os trabalhos extras... eu nem faço o dever de casa, quem dirá esses trabalhos! - Suspirei, revirando os olhos.
- Se eu soubesse que teria apenas essa punição, teria dado um soco naquela cópia barata do Weasley, ruivo oxigenado. - Comentei, mexendo os meus braços em frustração e finalmente olhei para o Gustavo.
Ele não fala nada desde que saimos do escritório da mãe dele.
- Que foi? - Perguntei estranhando aquele comportamento.
- Tem algo que eu possa fazer por você? - Perguntou, encarando o chão, ele parecia pensativo.
- Só tem uma coisa que eu quero e você sabe o que é. - Respondi, dando de ombros.
- Não vale a pena ser expulsa. - Penetrou seus olhos escuros nos meus. - Você também pode se divertir aqui.
- Eu tenho várias festas pra ir se eu sair daqui ainda essa semana. - Sorri.
- E você realmente gosta dessas festas? - Perguntou, me pegando de surpresa e me fazendo falhar um passo. - Você realmente se diverte lá?
Eu o encarei, paralisada, ele pegou no meu ponto fraco.
Mente, conta uma mentira tão bonita que ele nunca vai duvidar. Use o seu lado mentiroso. Fale coisas que não são verdade apenas para proteger o Luan.
- É claro que sim! - Menti e o Gustavo deu um sorriso de lado pra mim, assentindo.
Ele não acreditou, o olhar gritava que ele tinha me pegado na mentira. Desde quando eu fiquei tão ruim mentindo?
- Te vejo amanhã. - Falou, saindo.
Esse grande filho da...
EU NÃO SEI ONDE FICA O CAMINHO DOS DORMITÓRIOS.
CONTINUAA.......
Mais tarde eu tento postar mais um pra vocês!!!
Espero que estejam gostando, vem muita coisa por aí agora KKKKKKKKKKK
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O Colégio Interno - miotela
FanficAna Flávia Castela é uma garota problemática que sempre se envolve em qualquer encrenca possível. Ela vê seu mundo ficar de cabeça pra baixo, quando seus pais decidem colocá-la em um colégio interno, após Ana Flávia ter "acidentalmente" incendiado o...