A Filha Do Meu Amigo

28

•EMILLY•
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Eu não sabia o porque tinha demorado tanto tempo para me deitar com uma mulher, mas apenas o fato de conseguir viver essa experiência agora já me fazia ter arrependimento por não ter começado antes. Amanda era boa no que fazia, boa até demais e isso me deixava desestabilizada por não saber como retribuir.

Sua boca, seus dedos, sua língua, todo seu maldito corpo parecia se encaixar bem no meu, como se soubesse exatamente onde deveria tocar. Tive medo em ter essa transferência entre dormir com um homem para dormir com uma mulher, mas agora eu falava com certeza que não tinha saído prejudicada em nada. Amanda não perdia para ninguém.

Seus dedos fizeram uma ótima massagem em meu interior e senti meu corpo chegar no êxtase pela terceira vez. Estava suada, com a respiração ofegante e as pernas tremendo, era um ótimo jeito de ser acordada.

— Eu juro que tô começando a ficar viciada nisso — Falei tentando recuperar meu ar e ela soltou uma risada de divertimento.

Seu corpo caiu ao lado do meu e senti nossas peles próximas devido ao aperto da minha cama. Depois de muita insistência consegui que ela dormisse em meu dormitório para podermos passar a noite juntas e isso me garantiu um bom dia especial da sua língua em minha intimidade. Agora estávamos aqui, nuas no colchão enquanto acabávamos mais uma rodada.

— E eu me sinto muito honrada por causar isso em você.

Amanda me puxou para um beijo e como se fosse um botão automático o mesmo fogo de antes preencheu meu corpo e me fez subir em seu colo em segundos. Ela me olhou assustada e dei um sorriso malicioso.

— Ainda não tá satisfeita? — Sua pergunta me fez rir e logo após comecei beijar seu pescoço para demonstrar minhas intenções — Juro que não entendo de onde tira tanto tesão Emilly.

— É sua vez agora — Tentei afastar sua calcinha mas ela segurou meu pulso com força — Por que não?

— Você têm aula, vai se atrasar se não for agora.

— Não têm problema, quero fazer você se sentir bem, por que não deixa eu tocar você?

— Eu deixo você me tocar, passou a noite inteira fazendo isso.

— Mas não foi do jeito que eu quis — A loira me permitiu fazer o que queria apenas na nossa primeira vez e mesmo depois de alguns dias ela ainda era relutante sobre isso.

— Sua colega de quarto não vai chegar em breve? — Revirei os olhos com a citação da indivídua.

— Ela está viajando, não temos que nos preocupar agora — Tentei voltar a beijar seus lábios mas ela me jogou de lado e se levantou.

— A aula, Emilly.

— Por que está sendo tão chata? Você disse que não me negaria mais nada!

— Estou fazendo você ser responsável — Ela andou até a entrada do banheiro — Não faça birra.

— Amanda — Coloquei um biquinho em meus lábios e escutei sua respiração funda.

— Emilly... — Seus olhos se reviraram e ela bufou — Tá, vem logo, mas vamos fazer no chuveiro para vê se assim você abaixa esse fogo.

Pulei da cama contente e segui em direção a ela apenas com minha camisola amassada, tirando tudo assim que entramos no banheiro. Amanda era uma hipócrita, vivia reclamando por eu ser mimada mas nem mesmo ela conseguia me negar as coisas. Claro que eu não reclamava disso.

[...]

Foi preciso uma luta para conseguir enfim sair do quarto sem fazer nenhum sacrifício. Mas depois de um bom banho onde venci a tentação e acabei fazendo tudo que Amanda quis, consegui me sentir cansada o suficiente para parar e deixar ela ir. A loira tinha uma reunião de urgência para fazer e por mais que desejasse tê-la por mais tempo comigo isso não seria possível, não podíamos ser vistas saindo juntas do meu quarto e se Estela descobrisse iria me matar.

Como eu disse, todo o risco estava valendo a pena, meu único incômodo era essa insistência de Amanda de me afastar. Por que ela não gostava quando eu a tocava? Será que eu fiz isso tão mal ou era apenas uma falta de interesse dela?

Em meio a esses inseguros pensamentos, minha visão alcançou duas silhuetas bem familiares e por alguns segundos me vi confusa sobre o que eles estavam fazendo por aqui. Um medo repentino me percorreu.

— Mãe? — Isabella e Castiel viraram em minha direção e não tive certeza se conseguiria olhar nos olhos deles logo após de ser fodida por aquela loira — O que estão fazendo aqui?

Esperava, de todo meu coração, que meu cabelo molhado não entregasse nada, nem que as marcas de algumas horas de sexo estivessem aparente e que toda a camada de sabonete que passei em minha pele fosse o suficiente para tirar o cheiro da Amanda de mim. Engoli em seco pensando nas dezenas de possibilidades que poderiam acontecer.

— Ah, oi querida... Viemos vê você! — Culpa me atingiu no mesmo instante.

— Vieram?

— Viemos? — Meu pai murmurou. Castiel andava distraído ultimamente — Ai é! Estávamos com saudades de você minha bebê.

— Saudades de mim? — Meu tom saiu falhado.

— Mas é claro, por que não podemos te visitar? — Porque a minutos atrás estava sendo comida pela sua melhor amiga.

— Vocês podem, só é estranho — Olhei para as coisas que eles seguravam, em específico minha mãe — Por que está tão arrumada? E o que são essas coisas?

— Você sabe que não gosto de sair desarrumada, Emilly.

— Isso aí é para mim? — Me referi aos chocolates e as flores.

— Isso aqui é... Para Estela, a mãe dela que mandou.

— A Penellope? Que estanho, por que ela não veio pessoalmente? — Estava com saudades da minha tia.

— Emilly você não tinha que está estudando uma hora dessas? — Fui despertada da minha distração.

— É mesmo! Tenho que ir para sala, já vou começar minha próxima aula.

— Antes disso, pode nos ajudar a encontrar a Estela? Temos que entregar essas coisas para ela.

— Ela deve está no dormitório, é só vocês seguirem aquele corredor alí — Indiquei com a mão onde ele deveriam ir — Preciso ir! Acho que vou jantar com vocês hoje.

— Boa aula querida!

Me afastei deles sem muita despedida e por alguns segundos tive medo de tudo. Essa era a típica situação onde o receio gritava mais alto, me fazendo ficar cada vez mais insegura. Justo hoje eles inventam de me fazer essa surpresa.