33| tudo novo

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Durante toda madrugada nossa mente pregou peças

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Durante toda madrugada nossa mente pregou peças. A brisa noturna sempre que bate sobre a janela do quarto acorda Ayla, a fazendo acreditar que era ou sua mãe ou um capanga dela tentando nos atacar. Em todas as sete vezes que acontece, me levanto e vou certificar que tudo está bem.

Por minha vez, quando cochilo sou amedrontado por Norman, e pela ideia de que talvez a única razão por ele não ter aparecido nos jornais locais, era que está agora morto.

A mesclagem de uma péssima noite de sono com as dores sobre o rosto e a barriga, me fazem amanhecer com um peso enorme no corpo. Acordo Ayla assim que uma voz do outro lado da porta nos chama.

━━ Venham comer. A cozinheira já deixou tudo pronto ━━ a empresária dona do ateliê mais famoso da região convida.

Fayola fora a melhor anfitriã, na noite anterior certificou que cada casal dormisse em um quarto. Infelizmente, depois do café da manhã que mais parece um banquete precisamos nos despedir. Afinal, Gemma e Max tinham que ir até o hospital, a garota recebeu uma ligação logo cedo de sua mãe alertando que seu pai havia sido ferido durante o atentado.

Para minha surpresa, Owen pede para ir conosco visitar minha mãe. De todos, ele foi o único que aparenta ter tido uma ótima noite.

━━ Klahan, esse é o seu nome não é? ━━ Fayola pergunta me fazendo parar de descer as escadas do seu jardim.

Me viro na sua direção, deixo que Ayla se junte ao irmão e a cunhada. Faço que sim com a cabeça, e a observo chegar perto.

Os olhos marcantes se fixam nos meus e sua expressão é séria demais para alguém que foi tão gentil.

━━ Tá tudo bem? ━━ pergunto.

Ela põe uma mão em cada ombro meu, na necessidade de prender minha atenção em si. O vinco entre minhas sobrancelhas se torna mais visível.

━━ Prometa que vai cuidar dela Klahan. Prometa que não vai a privar de viver sem a arte. Prometa amá-la ━━ sua súplica me faz expirar.

Ayla havia me contado de como seu pai era próximo da artista, e eu sei que ela mais do que ninguém saberia que esse era o desejo de Darwin para Ayla. Que ela tivesse liberdade de viver. Que ela fosse amada e tivesse permissão para amar, quem ela quisesse, na hora que desejasse.

━━ Pode deixar comigo.

━━ E por favor, não bata mais na mãe dela ━━ brinca.

━━ Eu espero não precisar mais fazer uma coisa dessas.

Isso é bastante para arrancar um riso dela e a fazer abandonar a seriedade. Com sofisticação ela se inclina e deposita um beijo em minha testa, uma forma silenciosa de agradecimento.

Ela se afasta e acena para a garota de cabelos gigantes dentro do meu carro. Quando alcanço Ayla, seguro a vontade de rir ao ver suas roupas novas. Fayola lhe deu um vestido cheio de cores e desenhos engraçados.

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