Epílogo

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Oi, gente! Escrevi um epilogozinho por pedido de vcs! Um finalzinho pra essa história! Espero que gostem :D

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Dezembro.

― Você tá bem? ― Adrian sussurra ao meu ouvido.

Faço que sim com a cabeça, mas meus dedos apertando os seus com ansiedade talvez revelem que "bem" não é a definição exata para os meus sentimentos nesse momento.

― Podemos ir embora ― ele diz. ― Podemos parar tudo e simplesmente ir embora. É só você dar o comando.

Ele usa um tom de voz um pouco mais alto, o que chama a atenção de Elaine, do meu outro lado.

― Amy, tá tudo bem?

Eu sorrio comigo mesma. Na primeira fileira do cinema está a L.A.C., a "resistência": Ray, Elaine, Roberto LaChance (meu professor de atuação) e Adrian. A L.A.C. foi o movimento que tentou lutar para que o meu sofrimento diante da enganação fosse o menor possível. Tenho certeza que, caso qualquer um deles tivesse um bilhão de dólares, o contrato que me mantinha ignorante de tudo teria sido quebrado. Eles todos gostam verdadeiramente de mim e eu nunca terei como agradecer todo o seu apoio.

― Tá tudo bem ― eu afirmo com um sorriso. Me surpreendo percebendo que não é inteiramente uma mentira.

Após eu ter descoberto sobre tudo, o meu professor de atuação e membro da resistência contratou seu advogado pessoal para lidar com a questão do contrato. Acontece que o que eles fizeram comigo violava pelo menos três diferentes leis, ou pelo menos violaria se eu não desse o meu consentimento para que veiculassem minhas imagens. O que eu não iria dar assim tão facilmente.

O advogado de Roberto LaChance conseguiu reverter o contrato inicial, criando um novo contrato de sigilo: todos que sabiam sobre a Farsa dos Tesouros deveriam manter seus bicos calados para sempre quanto ao que havia acontecido comigo.

O segredo morreria ali.

Para o resto do mundo, eu seria apenas uma atriz muito, muito boa, e não uma garotinha inocente que tinha sido enganada pelo próprio pai.

Isso aplacou um pouco a minha fúria, e confesso que não foi particularmente difícil me acostumar à vida de uma celebridade, tendo o chão aos meus pés adorado e meu nome gritado ao choro por milhares de fãs apaixonados.

Mas agora é a hora da verdade.

A estreia do filme.

Será que vão continuar me amando? Será que passarão a me odiar?

Eu não vi ainda a versão completa do filme ainda e a ideia me apavora. Afinal, eu não estava atuando quando filmaram essa porcaria. Não. A garota nas telas sou eu. Nua e crua.

Me sinto vulnerável.

Mesmo se fosse só eu assistindo, já me sentiria assim. Mas, não. Há pelo menos duzentas outras pessoas nesse cinema, inclusive minha mãe, minha melhor amiga Mari e... Alex.

Alex está aqui com sua namorada, Marília, e com o Osso. Os três são talvez as outras únicas pessoas no mundo que sabem sobre a verdadeira história que ocorreu nos bastidores da filmagem, além da minha mãe, da Mari e de todo o povo que já estava envolvido antes, é claro. Eu precisei explicar tudo para o Alex, porque, né? O que poderia ter sido de nós dois se o meu pai não tivesse me enfiado nessa enrascada?

Como nos filmes [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora