30 - Convite

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''Não acredito que terei que levar meu marido para o casamento do meu sobrinho.''

2006
Volterra, Itália

Os dias iam se passando tranquilamente, Demetri e eu estávamos nos entendendo.

Ou nos provocando.

Ele passava mais tempo que o normal sem camisa pelo quarto e eu passei a usar mais meus vestidos com fendas exageradas e decotes profundos.

Era divertido.

Na noite passada, ele havia adentrado o quarto completamente irritado.

Eu estava pintando minhas flores em um quadro quando ele rompeu pelas portas e retirou a capa que usava jogando-a no chão.

Eu apenas lhe encarei enquanto via ele soltando os primeiros botões da camiseta com certa raiva.

— Vai me contar o que aconteceu? – Questionei largando as tintas e o pincel.

Seus olhos vermelhos me encararam com raiva e ele se aproximou puxando-me em direção ao banheiro.

— O que está fazendo? – Perguntei confusa e ele cobriu minha boca. Maldito.

Qual era o seu problema?

Fechou a porta atrás de nós e ligou o chuveiro e a torneira. O que estava acontecendo?

Lhe encarei confusa esperando por uma resposta, do contrário, o queimaria.

— Apenas me diga caso não quiser. – Fora a única coisa que ele disse antes de tomar meus lábios em um beijo voraz.

Arregalei meus olhos e levei alguns segundos para processar o que estava acontecendo.

Eu poderia afastá-lo e lhe queimar, mas eu não queria fazer aquilo.

Então eu apenas retribui o beijo tentando acompanhar seus movimentos.

Ele estava frustrado, suas mãos deslizando pelo meu corpo com certa raiva e urgência.

Puxei seus cabelos colando mais ainda nossos corpos e senti o rastreador morder meu lábio inferior.

Deuses, aquilo era bom.

Seus beijos desceram pelo meu pescoço e minha consciência pareceu voltar a si.

Afastei-me lentamente dele e lhe empurrei na direção da parede.

— O que aconteceu? – Perguntei ajeitando meus cabelos. — Porque estava com raiva?

Demetri suspirou, suas mãos indo em direção aos cabelos também.

Seus olhos vermelhos me encararam por longos segundos, indo em direção a minha boca e meus olhos.

No final, ele desviou o olhar.

— Você acredita que um idiota surgiu agora pedindo sua mão em casamento? – Ele disse irritado, pisquei confusa. — Aro disse que você já estava casada, mas aquele imbecil não entendeu e disse que não havia problemas, você poderia se divorciar e casar com ele.

𝐋𝐢𝐟𝐞 𝐀𝐬 𝐀 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 | 𝐃𝐞𝐦𝐞𝐭𝐫𝐢 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora