Sinto muito

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Sinto muito mesmo, mas eu sou um mísero demônio, 
Nascido das sombras, do caos, do pandemônio. 
Não conheço a luz que ilumina seu ser, 
Nem a pureza que faz sua alma florescer.

Minha existência é marcada por trevas e dor, 
Enquanto você brilha com celestial fervor. 
Seu riso é melodia, sua presença um farol, 
Eu, um simples demônio, perdido no arrebol.

Não sinto empatia por um anjo tão belo, 
Sou prisioneiro da escuridão, num eterno flagelo. 
Seu brilho me fere, sua graça me cega, 
Sinto muito, mas minha alma não sossega.

Você, um anjo de luz, imaculado e puro, 
Eu, uma sombra errante, num destino obscuro. 
Não há ponte entre nós, nenhum laço que une, 
Sou um mísero demônio, e nada mais me consume.

Aceite, então, minha triste confissão, 
Na dança do cosmos, somos contradição. 
Eu, envolto em trevas, você, em esplendor, 
Sinto muito, mas não posso sentir seu amor.

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⏰ Última atualização: May 24 ⏰

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