Lamentos

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Nos abismos sombrios, onde o mal se embrenha,
Reina Beelzebub, em sua tristeza sem tamanho,
Entre chamas e tormentas, sua alma se envenena,
Em meio ao caos eterno, ele vagueia sozinho.

Ecoa o lamento do Senhor do Submundo,
Enquanto nas entranhas do inferno ele vê,
A agonia do divino em um destino moribundo.

Com os lamentos queimados
Ele contempla a queda do celestial querubim,
Em sua coroa de espinhos, um fardo pesado,
Enquanto o próprio inferno chora por fim.

Pobre Deus, cuja luz se perdeu na escuridão,
Condenado a vagar pelos séculos sem fim,
Em seu reino de sombras, ele busca redenção,
Mas encontra apenas solidão e desespero, enfim.

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