Pov: Jenna Ortega
A Brown de repente sai correndo, o que chama a minha atenção.
-Brown!!- grito por ela, mas a mesma nem se vira para trás.
-vai atrás dela...- Sofia fala com dificuldade por eu estar apertando seu pescoço.
-desgraçada! É tudo culpa sua!- falo e aperto mais seu pescoço, a mesma geme de dor.
Mate ela Jenna...
Uma voz soa em minha cabeça.
Eu encaro a garota, vendo o estado dela, porém ela continua sorrindo para mim, o que me deixa ainda mais furiosa.
Anda! Mate!
A voz insiste.
Eu não posso matá-la! Seria um grande problema para mim, porra!
Eu então solto seu pescoço em um rosnado, saindo de cima dela.
A mesma tosse algumas vezes levando a mão à região em que eu estava apertando.
Eu me viro para sair, e ir atrás da Brown, porém Sofia me interrompe.
-isso! Vai atrás dela, enquanto você ainda a tem...- ela fala com dificuldade me provocando.
-vai se foder- eu saio de lá correndo, deixando-a caída.
[...]
Depois de um tempo procurando a Brown, eu finalmente encontro ela sentada de cabeça baixa escorada em uma árvore.
A mesma parece sentir o meu cheiro e levanta rapidamente seu rosto me olhando.
Seus bochechas estão coradas e molhadas, seu olhar transmite medo ao me encarar, o que faz meu coração apertar por ela me olhar assim.
-Brown...- falo o mais mansa que eu consigo, me aproximando com cautela dela.
A mesma parece se assustar, se encostando mais na árvore, como se quisesse se afastar de mim.
Porém eu continuo chegando mais perto.
-FICA LONGE DE MIM!- ela tenta ordenar, seus olhos se enchem de lágrimas, suas presas ativam juntamente com suas garras.
-ei...- eu paro, respeitando seu espaço- calma...
-não encosta...- uma lágrima escorre.
-S/n... me escuta, por favor.
Tá, calma aí... vamos voltar um pouco no tempo...
Há uma coisa que eu preciso esclarecer urgentemente. Eu tenho certeza que a Brown tem genes ômega, e também tenho certeza de que ela não sabe disso, ou ao menos, não aceita.
Há alguns meses atrás, eu sentia algo diferente nela, porém nunca me aprofundei nos pensamentos para tentar entender isso. Sempre preferi acreditar que ela é apenas uma Alfa normal, porém minhas suspeitas aumentaram com a festa em que eu quase mordi a mesma, mas novamente, deixei pra lá e fui viver a minha vida. E agora, mais uma vez ela sentiu medo ao me ver daquela forma.
Isso só pode significar que ela realmente tem alguns desses genes. Outra coisa que me faz ter ainda mais certeza, é que um Alfa e outro Alfa, não daria certo, a menos que um deles tivesse algum gene ômega...
Enfim... creio que seja isso.
-não quero!- ela grita e se encolhe abaixando a cabeça.
Posso notar que ela estava chorando...
Respeitar espaço é uma ova!
Eu aproximo dela, abaixando-me ao seu lado. Envolvo com calma meus braços ao seu redor e a abraço.