011 | CALL.

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— TORI DIAZ —

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— TORI DIAZ —

Entro na sala de aula praticamente vazia, apenas com algum professor que não conheço.

— Senhorita Diaz? — perguntou.

— Sim, sou eu.

O homem assentiu e então eu segui, me sentando em uma mesa no fundo do local e jogando minha mochila no chão, perto da cadeira. Logo ele veio em minha direção com uma cesta em mãos. O encarei, esperando que dissesse algo.

— Aparelhos eletrônicos aqui — estendeu o objeto e eu bufei, colocando ali meu celular e relógio — algo mais?

— Não.

Se afastou e então comecei a pensar o que faria neste lugar pelos próximos minutos. Tipo, detenção é a coisa mais entediante da vida.

E foi aí que ele chegou: Walker Scobell. Cachos bagunçados, um moletom amarrotado e a cara mais irritada possível. Ele se sentou em uma das carteiras da frente e nem pareceu notar minha presença quando o professor também lhe estendeu a cesta:

— Eletrônicos aqui — repetiu a frase e o garoto colocou apenas um Kindle — ... celular?

— Não tenho. Minha mãe tirou de mim nas férias pelo "mau comportamento" — respondeu e olhou para baixo.

Mentira. Walker sempre evita olhar nos olhos de alguém quando não fala a verdade.

— Isso é sério? Ora, garoto. Já tive sua idade. Não pense que consegue me enganar! — exclamou o mais velho.

— Estou sendo sincero! Acha mesmo que eu iria mentir? Não vou ganhar nada com isso!

— Vai ganhar uma detenção muito mais divertida que a minha! — elevei meu tom de voz e ambos olharam para mim. O loiro ergueu as sobrancelhas e eu sorri — bolso esquerdo — pisquei.

Sempre no bolso esquerdo.

O Scobell bufou, entregando seu aparelho para o homem que sorriu, me cumprimentando como um sinal de agradecimento. Meu sorriso se alargou.

— Vingança envenena a alma, Diaz! — brincou, se virando para frente.

— Admito que é um veneno muito agradável, Scobell! — fiz o mesmo gesto, apoiando minhas costas na cadeira enquanto esticava as pernas.

— Os dois, sem conversa! — repreendeu o monitor. — muito bem. O trabalho de vocês é o seguinte: escrever uma redação sobre o porquê a confiança é um sentimento importante e o que acontece quando a quebramos.

𝗜 𝗦𝘁𝗶𝗹𝗹 𝗟𝗼𝘃𝗲 𝗬𝗼𝘂? - 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐞𝐫 𝐒𝐜𝐨𝐛𝐞𝐥𝐥.Onde histórias criam vida. Descubra agora