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— TORI DIAZ —
— Marquez. — Falei, encarando o garoto à minha frente.
— Diaz. — Repetiu meu gesto. — Então você realmente está de volta.
— Esse já é um assunto antigo.
— Gosto de voltar ao passado. — Seu sorriso se alargou. — Ainda mais quando se trata da garota que roubou meu trabalho. — Disse de forma sarcástica.
— Eu fiz o quê? — Franzi o cenho e então me toquei.
Esse era o Felipe que Theo tanto falava. Nova York é tão pequena assim?
— Quer dizer que você também é guitarrista, agora? — O moreno parecia estar zombando com a minha cara ou algo do tipo.
— Que foi? Isso te incomoda?
— Por que me incomodaria?
— Não sei. Talvez pelo fato de que você perdeu seu cargo para mim, isso parece ser frustrante. — Provoquei. Ele soltou uma risada nasal.
— Abaixa as armas, Diaz. Não estou aqui para te atacar. Isso não é o Twitter. — Se escorou no balcão, pondo os braços para frente enquanto continuava me encarando. — Mas tudo bem, eu te entendo. É o espírito brasileiro. — Só então me toquei de que estávamos conversando em português.
Havia me esquecido disso. Felipe também viera do Brasil.
— E o que você quer comigo, então? — Imitei sua posição, me inclinando para frente.
— Simples, eu quero meu trabalho de volta. — Respondeu.
Tive de me segurar para não expor nenhuma reação e parecer indiferente, embora aquilo tivesse me chocado.
— Não estava com o braço quebrado?
— Está vendo alguma faixa no meu pulso? — Retrucou. Ele era bom.
— Sinto em lhe dizer, mas não pretendo deixar de ser guitarrista.
— E nem precisa. Porém, eu estive aqui primeiro, meu bem. Você pode ser guitarrista em outro lugar, não estou te impedindo. — Sorriu de forma falsa, estava se divertindo com aquilo. Arqueei minhas sobrancelhas.
— Bom, primeiro que eu não sou seu bem, não sou nada sua. — Ele estalou a língua. — Segundo que eu não ligo se você esteve aqui primeiro, quem está na banda agora, sou eu. E terceiro que, nem se você quisesse, conseguiria me impedir de alguma coisa.
— Tudo bem, lindinha. Mas eu tive a ideia da banda. Eu juntei os meninos e, além disso, você se esqueceu de um pequeno detalhe: você foi só uma substituição. — Deu de ombros. — Não queria ter que jogar isso na sua cara, você que começou. Aliás, não vim te pedir permissão ou algo do tipo. Só te vi e quis cumprimentar uma velha colega. Obrigado por ter ficado no meu lugar, mas eu já estou melhor, tá legal? Tenha uma boa tarde, Diaz! — E com isso, o Marquez se afastou, sem nem ao menos me dar a chance de retrucar.